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Acordo entre EUA e China reacende otimismo no mercado da soja, mas Brasil segue competitivo com safra recorde

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Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping concluíram um encontro considerado positivo para as relações comerciais entre Estados Unidos e China, com anúncios que impactam diretamente o mercado global de soja.

O acordo prevê redução de tarifas sobre o fentanil, suspensão temporária de taxas portuárias e colaboração no combate ao tráfico da substância. Além disso, a China se comprometeu a retomar a compra de grandes volumes de soja, sorgo e energia americana, incluindo petróleo e gás do Alasca, e a manter aberto o fornecimento de minerais críticos e ímãs.

Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o compromisso prevê a aquisição de 12 milhões de toneladas de soja norte-americana na safra 2025/26, com meta mínima de 25 milhões de toneladas anuais pelos próximos três anos.

Mercado reage com alta em Chicago e recuo nos prêmios da soja brasileira

A expectativa em torno do acordo impulsionou os preços na Bolsa de Chicago (CBOT), que subiram 85 centavos por bushel ao longo de outubro. Por outro lado, os prêmios da soja brasileira recuaram praticamente na mesma intensidade, refletindo o aumento da competitividade dos grãos dos EUA para exportação à China.

Com a sinalização de embarques americanos, o prêmio no Porto de Paranaguá apresentou desvalorização. A consultoria do Itaú BBA aponta que essa tendência deve limitar valorização adicional para o produtor brasileiro, especialmente diante da expectativa de uma nova safra recorde e de custos logísticos elevados.

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Clima favorece avanço do plantio no Brasil e reforça expectativa de safra recorde

Após um início irregular devido à falta de chuvas, o plantio da soja no Brasil deve ganhar ritmo com a consolidação do período úmido nas principais regiões produtoras. As projeções indicam uma produção recorde de 178 milhões de toneladas na safra 2025/26, com potencial de exportação superior a 110 milhões de toneladas.

Mesmo diante do acordo entre EUA e China, o Brasil deve manter sua competitividade internacional, sustentado pela alta oferta do grão e pela forte demanda global.

China deve concentrar compras nos EUA entre dezembro e janeiro

Analistas do Itaú BBA estimam que, caso as tarifas sobre a soja americana sejam reduzidas ou eliminadas, os embarques dos EUA para a China devem se concentrar entre dezembro e janeiro. Após esse período, o Brasil volta a ter vantagem de custo e disponibilidade, podendo retomar a liderança nas exportações no início de 2026.

A necessidade de importação chinesa para esse intervalo é estimada em cerca de 10 milhões de toneladas, embora o governo norte-americano fale em 12 milhões. Parte desse volume dependerá de compras estatais para recomposição de estoques, em meio a margens de esmagamento negativas e pressões sobre a suinocultura chinesa.

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Mercado deve permanecer volátil, com preços pressionados no Brasil

O Itaú BBA destaca que, após a definição do acordo, o foco do mercado será o desenvolvimento das lavouras na América do Sul. A instituição avalia que, a menos que ocorra uma quebra de safra, os preços da soja tendem a ficar pressionados para o produtor brasileiro em 2025/26, devido ao excesso de oferta global.

Entre os fatores de alta, estão o retorno das exportações americanas à China, estoques menores nos EUA e o ritmo acelerado de esmagamento. Já entre os fatores de baixa, destacam-se o equilíbrio global entre oferta e demanda, o estoque elevado na China e a forte expectativa de colheita na América do Sul.

Estratégias de comercialização e proteção de preços

O relatório sugere que produtores brasileiros aproveitem a valorização recente na CBOT para adotar estratégias de proteção, como fixação parcial via contratos de derivativos.

O Itaú BBA recomenda o uso de estruturas do tipo “seagull” (3-way) com vencimento em maio/2026, que permitem proteger o piso de preços e aproveitar altas em Chicago, limitando riscos em um cenário de grande oferta global.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Demanda firme sustenta novas altas e mantém mercado do milho aquecido no Brasil

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O mercado brasileiro de milho encerrou a semana com cotações entre estáveis e mais altas na maior parte das praças de negociação. De acordo com a Safras Consultoria, a demanda por parte dos consumidores mostrou maior aquecimento, contribuindo para o movimento de valorização.

Produtores reduzem oferta e aguardam sinais dos futuros e do clima

Enquanto a demanda ganha força, os produtores mantêm postura mais cautelosa na oferta. A retração é atribuída à estratégia de aguardar possíveis desdobramentos dos contratos futuros, da paridade de exportação e das condições climáticas, elementos que podem alterar o cenário de curto prazo.

Fim da paralisação nos EUA pode trazer volatilidade ao mercado internacional

A recente paralisação do governo norte-americano chegou ao fim, permitindo a retomada da divulgação de dados atrasados — um fator que pode aumentar a volatilidade nos mercados globais.

O setor aguarda especialmente o relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para ser apresentado ainda nesta tarde.

Preços internos do milho avançam na maioria das regiões

O preço médio da saca de milho no país foi cotado a R$ 64,74 em 13 de novembro, alta de 1,24% em relação aos R$ 63,95 registrados na semana anterior. Confira os principais destaques regionais:

  • Paraná – Cascavel
    • R$ 62,00/saca, avanço de 1,64% frente aos R$ 61,00 da última semana
  • São Paulo – Campinas/CIF
    • R$ 70,00/saca, alta de 2,19% em comparação aos R$ 68,50
  • São Paulo – Mogiana
    • R$ 67,00/saca, aumento de 1,52% ante R$ 66,00
  • Mato Grosso – Rondonópolis
    • R$ 62,00/saca, preço estável
  • Rio Grande do Sul – Erechim
    • R$ 71,00/saca, queda de 1,39% frente aos R$ 72,00
  • Minas Gerais – Uberlândia
    • R$ 64,00/saca, avanço de 1,64% sobre os R$ 63,00
  • Goiás – Rio Verde
    • R$ 60,00/saca, cotação estável
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Exportações de milho têm ritmo mais lento no início de novembro

As exportações brasileiras de milho somaram US$ 249,37 milhões nos primeiros cinco dias úteis de novembro, com média diária de US$ 49,87 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No período, o volume embarcado totalizou 1,14 milhão de toneladas, equivalentes a uma média diária de 228,10 mil toneladas.

O preço médio da tonelada exportada ficou em US$ 218,60.

Na comparação com novembro de 2024, o desempenho registrou:

  • Queda de 3,5% no valor médio diário
  • Redução de 8,3% no volume médio diário exportado
  • Alta de 5,3% no preço médio da tonelada

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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