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Mercado de café registra altas em abril, mas entra em queda no início de maio

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O mercado internacional de café viu preços historicamente altos para o arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e para o robusta em Londres durante o mês de abril. Essa tendência de alta também se refletiu no mercado brasileiro, resultando em melhores preços para os produtores. No entanto, o fim de abril trouxe uma reviravolta, e maio começou com fortes correções para baixo.

O robusta, conhecido como conilon no Brasil, liderou a alta do café no mercado internacional, impulsionado por uma oferta limitada do Vietnã, o maior produtor mundial desse tipo de grão. As preocupações em torno da próxima safra vietnamita, devido ao clima seco nas regiões produtoras, elevou os preços do robusta em Londres a níveis não vistos em 16 anos. Esse movimento fez com que o arábica também subisse em Nova York, atingindo os níveis mais altos em mais de dois anos.

Além disso, a colheita do conilon no Brasil começou com rendimentos abaixo do esperado, devido ao clima seco e altas temperaturas no último quadrimestre de 2023, afetando o desenvolvimento da safra. Esse fator contribuiu ainda mais para a alta dos preços nas bolsas em abril.

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Os ganhos no robusta acabaram impulsionando também a demanda pelo arábica, já que as indústrias pelo mundo tendem a usar mais arábica nos blends quando o conilon está caro, elevando assim os preços dos dois tipos de café.

Em resposta a esse cenário, o mercado brasileiro seguiu as oscilações positivas, com produtores aproveitando as altas para vender mais, enquanto os compradores adotaram uma postura cautelosa, adquirindo apenas conforme suas necessidades imediatas.

No balanço de abril, o contrato de julho na Bolsa de Nova York teve uma alta de 15,2%, saindo de 188,05 centavos de dólar por libra-peso no final de março para 216,65 centavos no final de abril. Em Londres, a alta do robusta foi ainda mais expressiva, chegando a 18,4%.

Os preços no Brasil acompanharam essa tendência. O café arábica de bebida boa no Sul de Minas Gerais fechou abril em R$ 1.230,00 por saca, uma alta de 18,8% no mês. O conilon tipo 7, em Vitória, Espírito Santo, subiu 19%, fechando em R$ 1.125,00 por saca.

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No entanto, o início de maio trouxe uma reviravolta no mercado, com fortes correções para baixo. As chuvas voltaram ao Vietnã, melhorando as condições para a próxima safra, e isso começou a reverter os ganhos recentes. No dia 2 de maio, o contrato de julho em Londres caiu para US$ 3.680,00 por tonelada, e em Nova York para 206,10 centavos de dólar por libra-peso. No Brasil, o arábica de bebida boa no Sul de Minas Gerais caiu para R$ 1.165,00 por saca, enquanto o conilon tipo 7 desceu para R$ 1.040,00 por saca.

Essas correções indicam que o mercado de café está passando por um período de ajuste após as fortes altas de abril, refletindo a volatilidade típica do setor e a sensibilidade às condições climáticas e de mercado.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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BALANÇA COMERCIAL: Agronegócio bate recorde de exportações em abril, com US$ 15,24 bilhões

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Com valor recorde, as vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,24 bilhões em abril de 2024, um valor 3,9% superior na comparação com os US$ 14,67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Esse resultado correspondeu a 49,3% das exportações totais do Brasil.

O saldo de abril foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 17,1%. Em relação aos preços médios dos produtos da agropecuária, houve queda de 11,3%, impossibilitando o registro de um valor ainda mais expressivo nas exportações.

As exportações brasileiras de grãos atingiram um volume próximo de 18,5 milhões de toneladas em abril de 2024, número que corresponde a uma expansão de 6,7% na comparação com os 17,3 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de abril de 2023.

PRODUTOS BRASILEIROS

Segundo os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana, carne bovina in natura, café, algodão não cardado nem penteado e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.

Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do agronegócio brasileiro, a soja em grãos respondeu pela maior parte das exportações do setor. O volume exportado atingiu 14,70 milhões de toneladas, com elevação de 362,4 mil toneladas na comparação com a quantidade embarcada em abril de 2023. A quantidade é a terceira maior já registrada para um mês em toda a série histórica.

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A China é o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido praticamente dez milhões de toneladas ou o correspondente a US$ 4,29 bilhões.

Já as vendas externas de carnes brasileiras atingiram US$ 2,21 bilhões em abril de 2024, com crescimento de 27,5% frente às exportações de abril de 2023. Os registros de vendas externas de carne bovina foram de US$ 1,04 bilhão (+69,2%), com forte expansão do volume exportado, que passou de 133,40 mil toneladas para 236,77 mil toneladas no período em análise (+77,5%). Este volume é recorde para os meses de abril. Um dos maiores motivos para a expansão da quantidade exportada está no aumento da demanda chinesa por carne bovina in natura brasileira.

Outro destaque é o complexo sucroalcooleiro, que continua registrando recordes de exportação. Em nenhum mês de abril da série histórica as exportações do setor tinham ultrapassado a cifra de um bilhão.

Nesse mês de abril de 2024, as vendas externas do complexo sucroalcooleiro foram de US$ 1,07 bilhão, número que significou um crescimento de 77,6% na comparação com os US$ 600,07 milhões exportados em abril de 2023. O crescimento foi obtido em função das exportações de açúcar, que quase dobraram em volume (+94,7%), na comparação entre abril de 2023 e 2024.

EXPORTAÇÕES JANEIRO A ABRIL (1º QUADRIMESTRE)

No primeiro quadrimestre de 2024 as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 52,39 bilhões, o que representou crescimento de 3,7% em relação aos US$ 50,52 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior. O aumento na quantidade embarcada é o fator que explica a expansão em valor, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,8%, enquanto o índice de preço caiu 9,6%.

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Os principais produtos que explicam o crescimento das exportações no acumulado do ano de 2024 foram: açúcar de cana em bruto (+US$ 2,41 bilhões); algodão não cardado e não penteado (+US$ 1,36 bilhão); café verde (+US$ 958,32 milhões); carne bovina in natura (+US$ 814,62 milhões) e açúcar refinado (+US$ 589,73 milhões). A soma do incremento das vendas externas desses cinco produtos mencionados foi de US$ 6,13 bilhões, enquanto o crescimento das exportações totais foi de US$ 1,87 bilhão.

ACUMULADO DOZE MESES (MAIO DE 2023 A ABRIL DE 2024)

Entre maio de 2023 e abril de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 168,36 bilhões, o que representou expansão de 4,7% em comparação aos US$ 160,86 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.

Dessa forma, os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações brasileiras no período, 1,3 ponto percentual a mais do que a participação do agronegócio nas vendas externas entre janeiro e novembro de 2022.

Resumo da Balança Comercial

Fonte: MAPA

Fonte: Portal do Agronegócio

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