AGRONEGÓCIO
USDA: Vendas semanais de soja superam expectativas mesmo sem compras da China
AGRONEGÓCIO

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta sexta-feira (20) seu relatório semanal de exportações, destacando que as vendas externas de soja da safra 2024/25 superaram as expectativas do mercado, mesmo sem a participação da China. Já os números do milho vieram dentro do previsto, enquanto os resultados entre os derivados de soja foram variados.
Soja: desempenho acima do esperado, com destaque para a Alemanha
Na semana encerrada em 12 de junho, os Estados Unidos venderam 539,5 mil toneladas de soja da safra 2024/25 para exportação. O volume ficou acima do intervalo estimado pelo mercado, que variava entre 0 e 400 mil toneladas. O resultado também superou o desempenho da semana anterior e a média das últimas quatro semanas. A Alemanha liderou as compras da oleaginosa norte-americana no período.
Com esse desempenho, os EUA já somam 49,129 milhões de toneladas de soja vendidas no atual ano comercial, de um total estimado pelo USDA em 50,35 milhões. No mesmo período do ano passado, o total comprometido era de 44,2 milhões de toneladas.
As vendas da nova safra 2025/26 somaram 75,2 mil toneladas, dentro das projeções de 0 a 200 mil toneladas. O México foi o principal comprador. A China, por outro lado, continua ausente nas compras da soja norte-americana.
Milho: vendas seguem dentro das expectativas do mercado
As vendas semanais de milho dos EUA referentes à safra 2024/25 totalizaram 903,8 mil toneladas, ficando dentro do intervalo esperado de 600 mil a 1,2 milhão de toneladas. O volume foi 14% superior ao da semana anterior, embora 6% abaixo da média das últimas quatro semanas. O Japão liderou as aquisições do cereal.
Com esse resultado, os Estados Unidos já comprometeram 66,833 milhões de toneladas de milho no ciclo atual, se aproximando da meta do USDA de 67,95 milhões. Em igual período do ano passado, o volume era de cerca de 52,8 milhões de toneladas.
Para a safra 2025/26, foram vendidas 155 mil toneladas, também dentro do intervalo esperado de 0 a 200 mil toneladas. As vendas tiveram como destino principais países não revelados.
Derivados de soja: farelo tem bom desempenho; óleo decepciona
No segmento de derivados, o USDA informou vendas de 160,3 mil toneladas de farelo de soja da safra 2024/25, resultado dentro das expectativas do mercado, que variavam entre 150 mil e 300 mil toneladas. A Venezuela foi o maior destino do produto. Já para a safra 2025/26, as vendas somaram 14 mil toneladas, com destaque para o Canadá.
O desempenho do óleo de soja foi negativo: houve cancelamento de 1,5 mil toneladas da safra velha, ficando abaixo das expectativas do mercado, que estimava entre 0 e 22 mil toneladas. Não foram reportadas vendas da safra nova, o que já era esperado pelos analistas.
O relatório reforça a volatilidade do comércio internacional de grãos, ainda influenciado por tensões comerciais, especialmente entre Estados Unidos e China, além das incertezas sobre a demanda global em um contexto de produção robusta.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


AGRONEGÓCIO
Proposta do Governo para taxar LCIs e LCAs pode encarecer crédito rural e pressionar preço dos alimentos

O Governo Federal apresentou uma proposta para tributar em 5% os rendimentos das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). A medida tem gerado preocupação no agronegócio, pois pode impactar diretamente o custo do crédito rural, com reflexos em toda a cadeia produtiva e no bolso do consumidor.
A advogada especialista em Direito Agrário e do Agronegócio, Márcia de Alcântara, alerta:
“Essa medida pode desestruturar o financiamento agrícola e afetar toda a cadeia produtiva, do campo à mesa do consumidor.”
Importância das LCIs e LCAs para o financiamento do agro
As LCIs e LCAs são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para captar recursos destinados aos setores imobiliário e agropecuário, respectivamente. No caso das LCAs, o dinheiro investido é repassado como crédito a produtores rurais, cooperativas e empresas do agronegócio.
Segundo dados do Banco Central, as LCAs responderam por 38,9% do crédito agrícola concedido no país na safra 2023/2024 — segmento que representa quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Impactos previstos da taxação
A proposta de tributar esses títulos pode provocar fuga de investidores, aumento no custo de captação dos recursos e, consequentemente, o encarecimento do crédito rural. Economistas estimam que o custo para o produtor pode subir entre 0,5 e 1,5 ponto percentual.
Márcia destaca que o impacto será mais severo para pequenos e médios produtores, que dependem desses mecanismos para acessar crédito em condições viáveis:
“Sem isso, o custo de produção sobe, e a capacidade de investimento e competitividade diminui, principalmente para quem já enfrenta maiores dificuldades.”
Riscos para a produção de alimentos e segurança alimentar
O encarecimento do crédito pode comprometer a produção de alimentos, elevando o preço final ao consumidor e pressionando a inflação. Para a advogada, a proposta também fere princípios constitucionais que asseguram o direito à alimentação, saúde e desenvolvimento nacional.
Estudos da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) reforçam que o fortalecimento do setor agrícola é fundamental para a segurança alimentar mundial, especialmente diante do crescimento populacional.
Mobilização e alternativas para os produtores
Diante do cenário, a mobilização do setor é essencial. Márcia recomenda que os produtores unam forças e pressionem o Congresso Nacional para rejeitar a medida, lembrando que a taxação só valerá após aprovação legislativa.
Além disso, o setor deve avaliar com cautela alternativas financeiras, como o barter (troca por insumos ou produtos) e o crédito rural tradicional, sempre ponderando o custo-benefício para o planejamento da safra.
A advogada reforça a importância de contar com assessoria jurídica especializada para evitar cláusulas abusivas e garantir segurança nas operações:
“Um bom suporte jurídico pode evitar surpresas desagradáveis e orientar o produtor na busca por soluções seguras e sustentáveis.”
Com essa proposta, o futuro do financiamento agrícola pode ser desafiado, com impactos diretos na economia do campo e no abastecimento do país. A articulação entre produtores, especialistas e legisladores será fundamental para preservar a competitividade e a sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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