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Diabetes na infância: uma história de adaptação e resiliência

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Soraya Amaral é dentista com pós-graduação em estética, militante em defesa da mulher, da causa animal e da justiça social
Soraya Amaral é dentista com pós-graduação em estética, militante em defesa da mulher, da causa animal e da justiça social

Por Soraya Amaral

De acordo com dados da Biblioteca Virtual da Saúde, do Ministério da Saúde, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos apresentam diabetes tipo I e a doença se tornou um sério problema de saúde pública, cujas previsões vêm sendo superadas a cada nova triagem. Em 2020, calcula-se que 9,3% dos adultos, entre 20 e 79 anos (assombrosos 463 milhões de pessoas) vivem com a doença. O diagnóstico é muito importante, principalmente a descoberta precoce.

Eu estava com quatro anos quando recebi o diagnóstico e o empenho dos meus pais foi fundamental, pois na época, ela não era muito conhecida e os sintomas que chamaram a atenção deles foi a perda de peso repentina, aumento das idas ao banheiro e o meu pai notou o hálito de maçã ou hálito cetônico, que acontece quando o nível de glicose do corpo está baixo ou alto demais, variação comum em diabéticos.

Desde então, a minha vida de criança mudou bastante, como eu era muito nova, lembro de pouca coisa desse início, sendo os momentos de dificuldades os mais presentes na memória, como ir a aniversários e não poder comer o bolo, os brigadeiros, não poder comer bolachas recheadas, tomar achocolatados e iogurtes, desejos de toda criança. Além das agulhadas, sou diabética tipo I e dependo da insulina injetável para sobreviver. Começar essa medicação de forma injetável foi bastante marcante. Outra coisa que lembro é dos exercícios físicos para controlar a insulina, para isso, a estratégia usada era pular muita corda.

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Esses 27 anos de convívio com a doença me dão empenho e conhecimento para trabalhar o tema na nossa sociedade. Como a falta de conhecimento sobre os sintomas e a gravidade do diabetes pode atrasar o diagnóstico e o tratamento, resultando em complicações severas para a saúde dos pacientes, penso que um Projeto de Lei para a criação de Campanhas Educativas Permanentes sobre Diabetes em escolas, unidades de saúde e espaços públicos para conscientizar a população sobre os sintomas, riscos e a importância do diagnóstico precoce.

Outra iniciativa que, caberia ao Poder Público realizar, é a criação de Centros de Referência em Diabetes Infantil, ou seja, centros especializados no tratamento e acompanhamento de crianças e que ofereçam suporte multidisciplinar com médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, itens cruciais para o desenvolvimento saudável e a qualidade de vida na criança com diabetes.

Apesar de todas as dificuldades, posso afirmar que é possível conviver em harmonia com o diabetes. Ações como essas que citei podem sim, proporcionar mais qualidade de vida aos diabéticos, especialmente na fase da infância. Mas, importante destacar que, com os cuidados e tratamento adequados, a doença nunca me impediu de viver as fases naturais da vida.

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Soraya Amaral é dentista com pós-graduação em estética, militante em defesa da mulher, da causa animal e da justiça social.

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Como educar filhos na Era Digital

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Mariana Vidotto é mãe, psicoterapeuta familiar e orientadora parental, especialista em neurociência e desenvolvimento infantil
Mariana Vidotto é mãe, psicoterapeuta familiar e orientadora parental, especialista em neurociência e desenvolvimento infantil

Por Mariana Vidotto

A maternidade sempre foi uma jornada de aprendizados e desafios, mas, a era digital adicionou camadas inéditas de complexidade. Para as mães de hoje, educar significa não apenas guiar os filhos no mundo físico, mas também no vasto e, em constante mudança, universo online.

A tecnologia surge como uma ferramenta poderosa, porém, como fonte de novas preocupações e demandas. Navegar nesse cenário exige bem mais que amor materno, exige informação, equilíbrio e sabedoria.

Num mundo onde cada vez mais o toque humano tem sido substituído pelo toque das telas e smartphones, ser mãe na atualidade está impondo habilidades como: consciência socioemocional, presença de qualidade e estratégia de educação.

Se, por um lado, a tecnologia nos trouxe facilidades inegáveis, por outro colocou à mesa nossas mais profundas e muitas vezes escondidas fragilidades emocionais.

Maternar, hoje, exige habilidades que a maioria das mães sequer teve a oportunidade de receber, aprender e desenvolver.

Educar na era digital é um ato de equilíbrio constante. Exige que as mães se mantenham informadas, flexíveis e, acima de tudo, conectadas aos seus filhos, tanto online quanto offline, guiando-os com empatia e bom senso neste mundo cada vez mais tecnológico.

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A neurociência nos ensina que o cérebro das crianças continua a se desenvolver até os 21 anos. É crucial que as mães estejam cientes das implicações do uso excessivo de tecnologia que, pode levar a dificuldades de concentração e regulação emocional. Educar com amor e limites é fundamental para moldar adultos saudáveis e conscientes.

Neste mês das mães, celebramos a importância de uma maternidade consciente. Mães reais, que escutam, acolhem, mas, sabem impor limites, são essenciais para o desenvolvimento equilibrado dos filhos. O amor se traduz em presença, cuidado e educação, formando laços familiares mais fortes e saudáveis.

Mariana Vidotto é mãe, psicoterapeuta familiar e orientadora parental, especialista em neurociência e desenvolvimento infantil, com uma década de experiência ajudando famílias em mais de 7 países. @marianavidotto

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