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SETEMBRO AMARELO

Quebrando o silêncio e encorajando: “Se precisar, peça ajuda” / Por: Virgínia Mendes

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Falar sobre saúde mental é algo desafiador nos tempos que vivemos, mas precisamos quebrar o silêncio e abordar esse assunto. Quantas pessoas estão, neste momento, passando por agonia, sem saber por onde começar? Muitas questões estão acumuladas no subconsciente, transformando a vida em uma aflição, quando, na verdade, a vida é um presente, uma dádiva.

No Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado a essa discussão a partir de 2015, por diferentes entidades que buscam esclarecer a população sobre o tema, usando a cor amarela. Assim surgiu o “Setembro Amarelo”. No entanto, uma campanha internacional teve início nos Estados Unidos após a trágica morte do jovem norte-americano Mike Emme, que tinha 17 anos. A família e os amigos não perceberam que Mike precisava de ajuda, e ele acabou tirando a própria vida.

Recentemente, a família do jovem norte-americano concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação e compartilhou a dor da perda, que nunca tem fim para a família e os amigos. Contudo, ao olharem para a mobilização gerada pela morte do filho e a compaixão em ajudar outras pessoas a enfrentar problemas semelhantes por meio das campanhas, o sentimento de dor se transformou em uma missão de ajudar o próximo.

Histórias como essa estão por toda parte. Como mãe, esposa e atualmente servindo à população como primeira-dama do Estado, tenho a responsabilidade de falar sobre o assunto. Quero encorajar as pessoas a olhar mais para o próximo. Não estou falando de cuidar da vida do outro, mas de tentar perceber sinais que podem estar atormentando aqueles ao nosso lado. Da mesma forma, encorajo as pessoas que estão passando por problemas a encontrar um porto seguro e conversar com alguém; esse é o primeiro passo. Os sintomas do suicídio são silenciosos, e o escape se dá com a depressão, e nem sempre conseguimos identificar esses sinais.

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Especialistas alertam que a depressão é uma doença psicológica grave e frequentemente subestimada, que pode levar ao suicídio. Caracterizada por alterações de humor, às vezes uma pessoa que demonstra uma alegria constante pode estar escondendo uma dor; tristeza profunda; baixa autoestima e sensação de falta de perspectiva. A depressão pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, perdas pessoais, desilusão amorosa e abuso de substâncias.

A doença faz com que a pessoa se sinta envergonhada, rejeitada e solitária, e, devido à sua subestimação social, pode levar a pensamentos suicidas como uma forma de escapar das angústias. É crucial buscar acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, o qual pode reduzir significativamente o risco de suicídio.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que não está sozinho(a). Pedir ajuda é um ato de coragem. Converse com alguém de confiança, procure um profissional e, se precisar, ligue para o CVV: 188.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil, 12,6% dos homens, a cada 100 mil, em comparação com 5,4% das mulheres, a cada 100 mil, morrem devido ao suicídio. A única maneira de ajudar uma pessoa que está com pensamentos suicidas é o apoio de pessoas próximas e profissionais. Se precisar, peça ajuda; esse é o melhor caminho. Nem sempre conseguimos superar nossas fragilidades sozinhos. Além dos familiares e amigos, procure um profissional habilitado. O processo não é fácil, mas, com determinação e fé, a superação é uma questão de tempo.

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Quem acompanha meu trabalho sabe que já passei por inúmeros desafios com minha saúde, momentos delicados. A única coisa que eu pensava era como superar algo que não dependia apenas de mim. Todas as doenças que enfrentei e a minha superação diária vão além da minha força de vontade. No meu caso, a fé em Deus, a minha família e a ajuda profissional foram primordiais, pois há momentos em que o corpo e a mente cansam. É nesse momento que precisamos ser humildes o suficiente para dizer: “Sim, eu preciso de ajuda”.

A vida é maravilhosa; a vida é um presente diário. “Se precisar, peça ajuda.”

Virginia Mendes é economista, mãe de três filhos, primeira-dama de MT e voluntária nas ações de Governo na área social por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).

Clique no Instagram Virgínia Mendes 

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Como educar filhos na Era Digital

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Mariana Vidotto é mãe, psicoterapeuta familiar e orientadora parental, especialista em neurociência e desenvolvimento infantil
Mariana Vidotto é mãe, psicoterapeuta familiar e orientadora parental, especialista em neurociência e desenvolvimento infantil

Por Mariana Vidotto

A maternidade sempre foi uma jornada de aprendizados e desafios, mas, a era digital adicionou camadas inéditas de complexidade. Para as mães de hoje, educar significa não apenas guiar os filhos no mundo físico, mas também no vasto e, em constante mudança, universo online.

A tecnologia surge como uma ferramenta poderosa, porém, como fonte de novas preocupações e demandas. Navegar nesse cenário exige bem mais que amor materno, exige informação, equilíbrio e sabedoria.

Num mundo onde cada vez mais o toque humano tem sido substituído pelo toque das telas e smartphones, ser mãe na atualidade está impondo habilidades como: consciência socioemocional, presença de qualidade e estratégia de educação.

Se, por um lado, a tecnologia nos trouxe facilidades inegáveis, por outro colocou à mesa nossas mais profundas e muitas vezes escondidas fragilidades emocionais.

Maternar, hoje, exige habilidades que a maioria das mães sequer teve a oportunidade de receber, aprender e desenvolver.

Educar na era digital é um ato de equilíbrio constante. Exige que as mães se mantenham informadas, flexíveis e, acima de tudo, conectadas aos seus filhos, tanto online quanto offline, guiando-os com empatia e bom senso neste mundo cada vez mais tecnológico.

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A neurociência nos ensina que o cérebro das crianças continua a se desenvolver até os 21 anos. É crucial que as mães estejam cientes das implicações do uso excessivo de tecnologia que, pode levar a dificuldades de concentração e regulação emocional. Educar com amor e limites é fundamental para moldar adultos saudáveis e conscientes.

Neste mês das mães, celebramos a importância de uma maternidade consciente. Mães reais, que escutam, acolhem, mas, sabem impor limites, são essenciais para o desenvolvimento equilibrado dos filhos. O amor se traduz em presença, cuidado e educação, formando laços familiares mais fortes e saudáveis.

Mariana Vidotto é mãe, psicoterapeuta familiar e orientadora parental, especialista em neurociência e desenvolvimento infantil, com uma década de experiência ajudando famílias em mais de 7 países. @marianavidotto

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