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Governo Federal avança na gestão do Seguro-Defeso e amplia qualificação profissional pelo Programa Manuel Querino
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Em reunião realizada nesta terça-feira (4), o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) debateu a transferência da gestão do Seguro-Desemprego do pescador artesanal, o seguro-defeso, do INSS para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O colegiado também aprovou novas medidas para fortalecer os cursos de qualificação profissional do Programa Manuel Querino.
Ao abrir a reunião, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, mencionou que a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou possíveis irregularidades no Seguro-Defeso. Segundo o ministro, o foco do MTE é assegurar que o benefício seja concedido apenas aos pescadores que de fato preenchem os requisitos legais. “Nosso objetivo é garantir que o benefício chegue a quem realmente tem direito”, afirmou.
O presidente do Fórum Nacional de Secretários do Trabalho (Fonset) e conselheiro do Codefat, Wladyson Viana, destacou a importância do Seguro-Defeso para os pescadores que dependem exclusivamente da atividade pesqueira e sugeriu que o MTE reforce a integração do benefício com outras políticas públicas voltadas ao setor.
A expectativa é que uma Medida Provisória (MP) seja editada ainda nesta semana, transferindo ao MTE a responsabilidade de receber, processar e habilitar os beneficiários do Seguro-Desemprego do pescador artesanal. Os procedimentos, critérios e validações serão definidos em resolução do Codefat. O Seguro-Defeso é custeado com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), cujo uso é deliberado pelo Codefat, em conformidade com a legislação vigente.
O coordenador-geral do Seguro-Desemprego, Abono Salarial e Identificação Profissional do MTE, Márcio Alves Borges, explicou que, para garantir o direito ao seguro-defeso aos pescadores que vivem exclusivamente da pesca e prevenir fraudes, o MTE realizará, em parceria com a Fundacentro, atendimentos presenciais a cerca de 680 mil pescadores artesanais em cinco estados — Bahia, Amazonas, Piauí, Pará e Maranhão. Outras medidas também estão sendo adotadas para assegurar que o benefício seja concedido apenas aos trabalhadores que têm na pesca sua única fonte de sustento.
As entrevistas com os pescadores artesanais terão início em novembro, informou Márcio Borges. Durante os atendimentos presenciais, serão aplicados questionários e oferecidas orientações sobre o benefício.
Programa Manuel Querino
O Conselho também aprovou alterações no Programa de Qualificação Profissional Manuel Querino. A partir de agora, será possível ofertar cursos voltados exclusivamente à qualificação profissional e social de pessoas com deficiência (PcD). Para viabilizar essa medida, os conselheiros autorizaram o aumento do valor de referência da hora/aula, considerando os custos adicionais envolvidos.
“Essas pessoas precisam de oportunidades de qualificação para o mundo do trabalho. E um curso direcionado a elas exige adaptações físicas e equipamentos específicos, o que eleva o custo da hora/aula”, explicou a diretora de Qualificação Social e Profissional do MTE, Cristina Kavalkievicz.
Outra mudança aprovada foi a inclusão dos cursos de curta duração. Até então, as regras previam apenas formações com carga horária mínima de 100 horas. Com a nova medida, será possível ofertar cursos entre 20 e 99 horas, o que, segundo Cristina Kavalkievicz, amplia as oportunidades de atualização e aperfeiçoamento profissional para os trabalhadores.
Os cursos de qualificação profissional têm o objetivo de facilitar o acesso dos trabalhadores ao mercado de trabalho. O programa tem como público-alvo trabalhadores desempregados, beneficiários do Cadastro Único, jovens, entre outros, e oferece cursos por meio de parcerias com instituições federais de ensino, estados e municípios. As formações abrangem diversas áreas e são adaptadas às demandas locais e do mercado de trabalho.
A próxima reunião do Codefat está marcada para o dia 16 de dezembro, ocasião em que os conselheiros deverão aprovar o calendário de pagamento do abono salarial referente ao ano de 2026.
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Ministério do Turismo apresenta Plano de Adaptação Climática do setor na COP30
O Ministério do Turismo apresentou nesta sexta-feira (14.11), em Belém (PA), o Plano de Adaptação Climática do Setor de Turismo, uma iniciativa estratégica voltada ao fortalecimento da resiliência do ramo no Brasil diante dos impactos das mudanças do clima. O evento ocorreu na Green Zone da COP30, no estande do órgão na conferência, espaço que é palco de vários debate sobre o futuro sustentável do turismo global.
A construção do plano foi conduzida pelo Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. O processo seguiu metodologia participativa, envolvendo a realização de oficinas técnicas, consultas públicas na plataforma Brasil Participativo e consultas setoriais com representantes de segmentos econômicos e sociais do setor.
“O turismo brasileiro está se preparando para ser um dos protagonistas da transição verde. Com o Plano de Adaptação Climática, o Ministério do Turismo assume o compromisso de transformar desafios em oportunidades, fortalecendo destinos, protegendo comunidades e garantindo um futuro sustentável para o setor”, destacou a ministra do Turismo em exercício, Ana Carla Lopes.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com suporte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Plano de Adaptação Climática do Brasil estrutura a resposta nacional aos desafios do clima e organiza a atuação governamental em 16 setores, como o Turismo.
Após a apresentação institucional, a coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do Ministério do Turismo, Carolina Fávero, explicou que o evento na COP30 marcou a divulgação do trabalho desenvolvido.
“É a primeira vez que o turismo integra um plano de adaptação climática. Mais de 60% dos destinos têm baixa ou muito baixa capacidade de resiliência a eventos geohidrológicos, o que mostra a urgência de avançarmos na adaptação. Quando ocorre um desastre, todo o setor é afetado: empregos são interrompidos, atrativos são perdidos e comunidades veem seu patrimônio comprometido”, apontou Carolina.
A lista de ações previstas inclui a implantação do Observatório Nacional de Turismo Sustentável, desenvolvido em parceria com o Itaipu Parquetec. Segundo o diretor de Negócios e Empreendedorismo da empresa, Eduardo de Miranda, a unidade será essencial para orientar políticas públicas.
“Estamos trabalhando para desenvolver um observatório capaz de coletar, processar e divulgar dados atualizados que apoiem a tomada de decisão. A Itaipu, junto com o Ministério do Turismo, vem investindo para que esse observatório seja uma referência nacional”, declarou Miranda.
PLANO – O documento é organizado em três dimensões: Paisagem e Biodiversidade; Infraestrutura e Serviços; e Modos de Vida e Cultura, estabelecendo objetivos e metas até 2035. Entre eles, promover o desenvolvimento sustentável e resiliente dos destinos turísticos; fortalecer a segurança e a capacidade de adaptação frente a eventos climáticos extremos e valorizar modos de vida e culturas de comunidades turísticas, com foco na justiça climática.
A apresentação do plano marca um avanço na consolidação de políticas públicas voltadas à resiliência climática do turismo brasileiro, reforçando o compromisso do Governo do Brasil com a sustentabilidade, a inclusão social e a inovação.
Por Lívia Albernaz
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
Fonte: Ministério do Turismo
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