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MMA realiza terceira oficina de contribuições para elaboração do Plano Clima

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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) realizou, em 8 e 9/04, a terceira oficina de contribuição para os planos setoriais de mitigação do Plano Clima. Etapa de elaboração do Plano, o evento abordou o uso e cobertura do solo em áreas públicas e as ações relacionadas à agricultura e pecuária.

Realizados na Fundação Getúlio Vargas, em Brasília (DF), os debates tiveram participação da sociedade civil, governos estaduais e municipais, comunidade científica e setores privados. 

Pelo governo federal, as discussões foram acompanhadas pelo MMA, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Casa Civil, órgãos coordenadores do Plano Clima. Representantes dos Ministérios da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Pesca e Aquicultura também participaram.

O secretário adjunto da Secretaria Nacional de Mudança do Clima do MMA, Aloisio Melo, ponderou que o debate dos temas centrais da oficina é fundamental para o futuro sustentável do país. “Não existe estratégia climática no Brasil que não passe pelo uso da terra, agropecuária,  questão do desmatamento e restauração de áreas degradadas”, afirmou. 

A oficina teve ainda discussões sobre temas prioritários para o enfrentamento da mudança do clima, como o fomento aos sistemas de produção sustentáveis, o combate ao desmatamento e a recuperação da vegetação nativa. 

Ciclo de oficinas 

Além do encontro desta semana, outras duas oficinas foram promovidas pelo MMA, no mês de março. A primeira, realizada de modo virtual, tratou sobre os planos setoriais de cidades e de resíduos.  

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Já a segunda, ocorreu de forma presencial, em São Paulo, e tratou dos setores de energia, indústria e transportes. Na ocasião, os participantes discutiram propostas para a descarbonização da matriz energética brasileira, financiamento de projetos sustentáveis, investimentos em infraestrutura de transportes de baixo carbono, ampliação do uso de biocombustíveis e eletrificação e a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono na indústria. 

As oficinas fazem parte da elaboração do Plano Clima de Mitigação, que será composto por sete planos setoriais e temáticos.

Plano Clima

De acordo com dados do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês), as políticas de redução de emissões de gases de efeito estufa implementadas até o momento não são suficientes para levar o mundo a limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Por isso, todos os países precisam apresentar metas mais ambiciosas para alcançar esse objetivo. 

No Brasil, o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima é o Plano Clima, elaborado desde 2023 pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), principal instância de governança climática brasileira, formado por 23 ministérios.

O Plano Clima tem eixos voltados à mitigação, ou seja, à redução das emissões de gases de efeito estufa, cuja alta concentração na atmosfera provoca o aquecimento global, e à adaptação dos sistemas naturais e humanos aos impactos da mudança do clima. 

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Além das Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação, será composto por planos setoriais e temáticos: sete para mitigação – entre eles, Uso da terra e florestas e Agricultura e pecuária – e 16 para adaptação. 

O plano trará ainda Estratégias Transversais para a Ação Climática, que definirão meios de implementação (como financiamento, governança e capacitação) e medidas para a transição justa, entre outros pontos. 

Todos os componentes do Plano Clima passarão por consulta pública. O primeiro a receber sugestões da sociedade foi a Estratégia Nacional de Adaptação, em novembro de 2024. Até 25 de abril, os planos temáticos e setoriais de Adaptação estão abertos a contribuições. Já a Estratégia Nacional de Mitigação estará em consulta pública até 9 de maio. 

“A grande entrega do governo brasileiro para a COP30 é um plano climático, um plano de ação concreta, com instrumentos claros, com metas bem definidas, com meios de implementação claramente identificados que mostrem para o mundo que é possível não só estabelecer metas, mas também mobilizar recursos e capacidades para fazer com que essas metas se materializem”, salientou Aloisio Melo.

Assessoria Especial de Comunicação Social do MMA
[email protected]
(61) 2028-1227/1051

Acesse o Flickr do MMA
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

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MMA apresenta balanço das etapas preparatórias da 5ª CNMA

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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) apresentou, nesta sexta-feira (25/4), um balanço das etapas preparatórias da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA). O encontro marcou a prévia da etapa nacional, a ser realizada de 6 a 9 de maio, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF), com o tema “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”.

Durante o evento de apresentação, a ministra Marina Silva ressaltou a força do processo participativo, que mobilizou 2.570 municípios em todas as unidades da federação, com a realização de 439 conferências municipais, 179 intermunicipais e 287 conferências livres. Esse movimento resultou em 2.635 propostas para orientar a atualização da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e a construção do novo Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima), guia das ações de enfrentamento à mudança do clima do Brasil até 2035.

“É um volume enorme de propostas, mas com uma convergência muito grande em torno da emergência climática no contexto da transformação ecológica do país. As pessoas vêm para esse debate trazendo não apenas um discurso — a maioria delas traz uma prática”, afirmou Marina Silva.

A ministra também destacou que os impactos da mudança do clima recaem de forma mais intensa sobre as populações vulnerabilizadas, como quilombolas, indígenas e comunidades periféricas. Defendeu, também, a promoção da justiça ambiental e da educação climática como pilares da ação governamental.

“As pessoas que estão vivendo na pele o problema das enchentes, das secas, das ondas de calor, trazem uma ênfase muito clara sobre como resolver essas emergências, que estão acontecendo o tempo todo”, pontuou.

A mesa também contou com a participação da secretária-executiva adjunta do MMA, Anna Flávia Franco, além da assessora especial do MMA e coordenadora executiva da 5ª CNMA, Larissa Barros, que reforçaram a legitimidade do processo e o papel central da sociedade civil na definição das políticas ambientais.

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Ao relembrar que a edição anterior da CNMA aconteceu em 2013, Anna Flávia afirmou que a retomada do evento foi uma prioridade da atual gestão. “A Conferência do Meio Ambiente é o maior e mais amplo evento de reflexão sobre a agenda ambiental em nível nacional. Então, acho que, nessa gestão da ministra — que criou a conferência em 2003 — era uma questão de honra que mantivéssemos esse processo, para que possamos enfrentar os desafios da mudança do clima”, disse.

Segundo Larissa Barros, a etapa nacional será decisiva para consolidar o debate iniciado com a sociedade. “Temos muita consciência de que este é um momento histórico, necessário e urgente de retomada dessa discussão e escuta com a sociedade, a partir dos seus diversos segmentos para que essa sociedade aponte quais são os caminhos que a política socioambiental e a política relacionada à emergência climática devem seguir a partir de agora”, afirmou.

Larissa Barros ressaltou, ainda, a diversidade da composição dos delegados que participarão da conferência, com base em critérios definidos pelo regimento interno. “Esse artigo do regimento foi seguido à risca pelos estados. Teremos uma conferência nacional com um panorama de 56% de mulheres, 44% de homens; dessas pessoas, 64,4% se autodeclararam negras”, concluiu.

Contribuição para a COP 30

A 5ª CNMA acontece em um momento estratégico para o Brasil, que se prepara para sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima, a COP30. A expectativa é que as decisões da etapa nacional fortaleçam o protagonismo brasileiro na agenda climática global e contribuam para a transição rumo a uma economia de baixo carbono até 2035.

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“Ter um país que realiza uma conferência debatendo, durante um ano inteiro, o principal tema da COP. Um país que conduz um processo que envolve dezenas de milhares de pessoas. Isso já é uma grande contribuição”, reforçou a ministra Marina Silva.

Sobre a 5ª CNMA

A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é organizada pelo governo brasileiro com o objetivo de discutir e propor soluções para os desafios ambientais do país. Nesta edição, a ideia é criar um espaço democrático onde todos possam contribuir com ideias e propostas para enfrentar as mudanças climáticas e seus impactos no Brasil.

Iniciada em 2024, a primeira etapa da 5ª CNMA envolveu a realização de atividades autogestionadas e conferências livres, municipais e intermunicipais. Foram realizadas 62 atividades autogestionadas e mais de 900 conferências neste período, mobilizando diretamente 2.570 municípios brasileiros e mais de 6 mil propostas concretas contra a emergência climática.   

Durante a segunda etapa, as Conferências Estaduais e Distrital do Meio Ambiente analisaram as 6 mil propostas apresentadas na primeira fase e priorizaram 540 propostas consideradas mais importantes (20 por estado). Foi também o momento de eleger os delegados e delegadas responsáveis para participar da etapa nacional.

Agora, as delegações têm a responsabilidade de avaliar as proposições recebidas de todo Brasil e selecionar as 100 melhores. Essas propostas servirão para fortalecer o Plano Clima e serão consideradas como possibilidades de novas políticas públicas e programas governamentais. O processo culmina na realização da etapa nacional, em maio.

Assessoria Especial de Comunicação Social do MMA
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(61) 2028-1227/1051
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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

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