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TRE-MT participa do Congresso do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais
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O XXII Congresso do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais (Codeje) debateu assuntos como igualdade racial, cooperação no Judiciário, pacificação das eleições e avanços tecnológicos. O evento foi realizado entre os dias 04 e 06 de dezembro, no Palácio da Democracia, sede do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).
Pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, participaram o juiz-membro substituto na categoria jurista e vice-diretor da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-MT), Welder Queiroz dos Santos, e a secretária da EJE-MT, Janis Eyer Nakahati, que ressaltaram a importância do evento.
O vice-diretor destacou a programação do encontro, com a abordagem de temas relevantes. “Tivemos palestras proferidas por brilhantes palestrantes que enriqueceram muito o evento, trazendo temas bem atuais para reflexão, como paridade de gênero e igualdade racial, os avanços da tecnologia, o desafio das eleições, a cooperação judiciária e a melhoria dos serviços judiciários, por exemplo”.
“O Codeje é um evento de suma importância para o aprimoramento e desenvolvimento da atividade das Escolas Judiciárias Eleitorais. É um espaço que permite o diálogo, a interação, a troca de experiências entre os dirigentes, sejam eles diretores, diretoras, coordenadores ou coordenadoras. Foram três dias de evento muito positivos no tocante ao alinhamento das estratégias para o desenvolvimento das boas práticas das EJEs para, assim, ampliar a atuação da Justiça Eleitoral”, frisou Janis Eyer Nakahati.
Na sexta-feira (06.12), o ministro Cristiano Zanin fez um balanço das Eleições Municipai de 2024 e abordou sua gestão à frente da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Mais uma vez a Justiça Eleitoral deve celebrar por ter entregue uma eleição tranquila, eficaz e ágil. Isso se deve ao compromisso, à responsabilidade, ao esforço e à dedicação de todos os seus servidores e colaboradores, um motivo de orgulho que não deve ser só da Justiça Eleitoral, mas de toda a sociedade brasileira”, afirmou o ministro.
À frente da EJE, o ministro destacou a parceria da Presidência do TSE e dos TREs, que possibilitou entregar o “TSE Facilita”, plataforma digital que simplifica o acesso a informações essenciais sobre as etapas que pessoas candidatas, equipes dos partidos políticos, magistratura eleitoral e assessorias técnicas e jurídicas enfrentam no período eleitoral. O magistrado também destacou a parceria com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), que promoveu o curso de acessibilidade.
Entre os próximos passos da atuação da EJE-TSE destacados pelo ministro, estão a ampliação das parcerias e acordos de cooperação do TSE, tratativas de novos cursos com a Enfam, a promoção de diálogos e parcerias que possam contribuir com o avanço e consolidação das 27 escolas regionais e a retomada do diálogo para a realização de ações junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
No encerramento do XXII Codeje, o ministro do TSE, André Ramos Tavares, abordou a relevância da questão digital no contexto democrático brasileiro. “É fundamental construir um ambiente digital livre de excessos e fraudes para preservar a liberdade de expressão e fortalecer a democracia”, defendeu.
Boas práticas
Uma das novidades do XXII Codeje foi a eleição da melhor boa prática, que premiou projetos inovadores separados em dois eixos de atuação: cidadania e capacitação. Durante os três dias do evento, os participantes puderam conhecer as ações das EJEs de todo o país na exposição “Boas Práticas” e votar em sua favorita em uma urna eletrônica.
No eixo cidadania a EJE-RJ ficou em primeiro lugar, com o projeto #PartiuVotar, que leva palestras a escolas e incentiva o alistamento eleitoral de jovens de 16 e 17. O segundo lugar na categoria foi para o TRE-PR, com o projeto “Eleições 2024 – No caminho da paz”, campanha de combate ao discurso de ódio e em prol da inclusão de eleitoras(es) e mesárias(os) com deficiência. Na terceira colocação, houve empate entre o TRE-SE, com o projeto “Socioeducação e Cidadania”, que promove palestras e atendimento itinerante em unidades socioeducativas, e o TRE-TO, com o projeto “Inclusão sociopolítica dos povos indígenas”, que leva serviços eleitorais a comunidades indígenas.
No eixo capacitação, o TRE-RR foi o vencedor com o projeto “Especialização em financiamento de campanha e prestação de contas anuais e eleitorais”, seguido do TRE-BA com o projeto “Ciclo de debates – Eleições 2024”, ambas iniciativas voltadas para servidoras(es) e juíza(es). Já o projeto do TRE-GO “Você, candidata: comece por aqui”, que ficou em terceiro lugar, promove cursos sobre temas diversos relacionados a candidaturas, como propaganda eleitoral, e o combate à violência política de gênero, tendo como público-alvo candidatas e pré-candidatas.
Enfrentamento à desinformação
Representantes dos setores de comunicação social dos TREs propuseram ao Codeje que os programas socioeducativos realizados pelas Escolas Judiciárias Eleitorais de todo o país incorporem formalmente o enfrentamento à desinformação, por meio da abordagem de educação midiática, desenvolvida em parceria com a unidade responsável pela comunicação em cada regional.
Convidado pelo coordenador de Comunicação Social do TRE-RJ, Stéfano Salles, o assessor de comunicação do TRE-RS, Cleber Moreira, foi responsável por apresentar a proposta. O servidor da Justiça Eleitoral gaúcha destacou que há um avanço da desinformação nas redes sociais e um baixo índice de colaboração de algumas plataformas para a prevalência da verdade. “Entendemos que a melhor contribuição que podemos oferecer para o enfrentamento à desinformação é a oferta de informação correta e de qualidade, em linguagem atraente, atrelada a um projeto pedagógico que contribua para estimular e reforçar o senso crítico do eleitor desde a mais tenra idade”, afirmou Moreira.
A proposta foi debatida e aprovada, acrescentando a sugestão de articular com o TSE uma base metodológica em que o projeto seja estruturado.
Carta do Codeje
Ao término das discussões do XXII Congresso, a Carta do Codeje Rio foi entregue ao vice-presidente do Colégio, juiz membro efetivo do TRE-PA, Marcus Alan de Melo Gomes. Apresentado pela secretária-geral da EJE-SE, Lídia Cunha Mendes de Matos, o documento reúne sete propostas estratégicas para fortalecer as Escolas Judiciárias Eleitorais (EJEs) e a Justiça Eleitoral.
Entre as ações destacadas estão a criação de um canal de comunicação direto entre a Justiça Eleitoral e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a organização de um fórum nacional para sistematizar ações de capacitação e a inclusão das EJEs no plano de trabalho firmado entre a EJE-TSE e a Enfam, possibilitando maior acesso aos cursos oferecidos. As propostas da Carta serão encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para análise e deliberação. A íntegra do documento estará disponível em breve no site do Codeje.
Reflexões sobre democracia e o papel das EJEs
Na tarde de quinta-feira (05.12), o XXII Codeje foi marcado por debates que exploraram os desafios e avanços da democracia brasileira. A vice-diretora da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (EJE-TSE), ministra Vera Lúcia Santana Araújo, destacou a necessidade de fortalecer a igualdade de gênero como base para a consolidação do Estado Democrático de Direito.
“A igualdade política de gênero é um pressuposto e um princípio básico da democracia”, afirmou a ministra, ressaltando que, embora as mulheres tenham conquistado avanços inegáveis ao longo das últimas décadas, ainda enfrentam obstáculos significativos, como a violência política de gênero e fraudes às cotas de participação feminina nas eleições.
A ministra também relembrou a eleição da primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em 2010, e destacou o baixo número de governadoras eleitas em 2022, apenas duas, como demonstrativo da necessidade de avanços. Vera Lúcia enfatizou o papel das Escolas Judiciárias Eleitorais (EJEs) na educação para a cidadania, reforçando que essa tarefa exige um olhar atento à equidade de gênero.
A programação teve ainda debates que analisaram o momento atual da democracia brasileira. Assessor do ministro do STF Flávio Dino, o procurador do estado Túlio Simões refletiu sobre as distorções democráticas, ressaltando como o sentimento de medo e insatisfação fomentou a ascensão do fanatismo antidemocrático. Ele destacou o papel das EJEs na disseminação de conhecimento como ferramenta contra a desinformação e o autoritarismo.
No mesmo painel, mediado pelo vice-diretor da EJE-RJ, desembargador eleitoral Bruno Bodart, o procurador da Fazenda Nacional e diretor da Escola da Advocacia-Geral da União (Esagu), João Carlos Souto, apresentou a Esagu e seu “Observatório da Democracia”, destacando iniciativas de combate à desinformação que podem ser colocadas em prática em parceria com as EJEs. Já o ex-membro do TRE-RJ, o procurador da Fazenda Nacional Allan Titonelli, enfatizou o caráter acessível da Justiça Eleitoral, considerada a mais próxima dos cidadãos.
O segundo painel do dia trouxe à tona um projeto da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) voltado para a preservação da memória do direito eleitoral brasileiro. Apresentado pela presidente da Abradep, a professora titular da Uerj Vânia Aieta, pelo desembargador Ricardo Alberto Pereira e pelo servidor do TRE-RJ e curador do projeto, o historiador Maurício Duarte, o “Memória do Direito Eleitoral brasileiro: História audiovisual” tem enfoque na pluralidade e busca compreender o contexto sociopolítico brasileiro, fortalecendo a democracia por meio de aprendizados históricos.
A tarde teve ainda uma apresentação da secretária Judiciária do TRE-RJ, Ana Luiza Claro, sobre transformação digital e uso de inteligência artificial e ferramentas de Business Intelligence (BI) para otimizar a análise de processos. Ela apresentou a robô Judi-Bot, por exemplo, que automatiza etapas do processamento dos feitos até o julgamento, representando um marco na modernização da Justiça Eleitoral fluminense.
Por fim, a conselheira do CNJ, juíza Renata Gil, abordou os temas da desinformação e da violência política contra a mulher e o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional para a regulação das redes sociais. A magistrada defendeu a atuação das Comissões de Assédio dos Tribunais e das Ouvidorias como espaços de combate à violência política de gênero.
XXIII Codeje
As(os) participantes do evento deliberaram que Maceió, capital de Alagoas, será o local do próximo Codeje, com data estimada para a segunda quinzena de março de 2025.
Jornalista: Nara Assis
(Com informações do TRE-RJ)
Fotos: TRE-RJ
#PraTodosVerem: Foto que mostra representantes das Escolas Judiciárias Eleitorais, de pé, atrás de estruturas que compõem o nome do evento. Atrás deles, tem um painel com a marca do evento.
Fonte: TRE – MT


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TRE-MT integra Rede de Memória do Estado de Mato Grosso

A Justiça Eleitoral de Mato Grosso assinou um Termo de Cooperação Técnica com o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT), nesta terça-feira (20.05), que formaliza a integração do Tribunal à Rede de Memória do Estado de Mato Grosso. A iniciativa tomada pelo TRT-MT visa fortalecer as relações institucionais em prol da gestão documental e histórica do estado.
“A importância histórica de Mato Grosso costuma ser tratada de forma secundária pela historiografia oficial, que prefere destacar os papeis dos grandes centros urbanos do sudeste”, explicou Lener Aparecida Galinari, chefe de Seção de Biblioteca e Memória do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). Para ela, a criação da Rede demarca o cuidado com as futuras gerações e também com a democracia, colocando o estado em destaque nesse sentido.
Esse foi o segundo encontro em que gestores da memória de diversos órgãos do Poder Judiciário e do Executivo se reuniram, desta vez no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O primeiro encontro, sediado pelo TRT-MT e organizado pela Divisão de Memória e Gestão Documental da instituição, em abril de 2025, marcou o início do diálogo entre as partes, dentre elas: TJMT, Justiça Federal, Fórum de Cuiabá, Arquivo Público do Estado, órgão da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e o próprio TRE-MT.
Como explicou Galinari, a colaboração entre os poderes resgata também a harmonia entre eles, mas sobretudo fortalece as gestões “porque a gente cria uma rede para que se preserve a memória e a gestão documental dos órgãos”. A rede referida trata-se da chamada ‘Rede de Memória do Estado de Mato Grosso’, que prevê a cooperação entre os participantes para qualificar e integrar ações relacionadas à memória e à documentação.
Memorial
Inaugurado em 2011, o Memorial da Justiça Eleitoral de Mato Grosso é o primeiro do país e portanto pioneiro a ser criado dentro do Poder Judiciário. Como destacou Galinari, essa é uma iniciativa e marco importante na preservação da memória. “Nós temos obras de altíssima qualidade, de 80 anos, de 90 anos, que retratam a história da Justiça Eleitoral no Mato Grosso”, disse a gestora.
O espaço é reservado à história da democracia e conta com documentos e artefatos raros como modelos de urnas utilizadas antes da criação da urna eletrônica. Para fazer uma visita guiada em grupo no Tribunal, basta entrar em contato com a Escola Judiciária Eleitoral (EJE-MT) pelo número (65) 3362-8000 e verificar a disponibilidade. Já para a visita individual, o espaço é aberto e não necessita de agendamento, sendo que o funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h30.
Texto por: Maryelle Campos (Supervisão Nara Assis)
#DescriçãodaImagem: A fotografia mostra uma sala e uma mesa com os gestores e gestoras, algumas de costas e outras de frente, todas sentadas durante a reunião.
Fonte: TRE – MT
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