Tribunal de Justiça de MT
Instituições assinam termo de cooperação para reforçar combate à corrupção em Mato Grosso
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Durante o curso “Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para a Recuperação de Ativos e o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – Avançado”, realizado nesta segunda-feira (20), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso e diversas instituições estaduais assinaram o Termo de Cooperação Técnica nº 24/2025.
O acordo reúne o TJMT, Governo do Estado, Ministério Público, Tribunal de Contas, Controladoria-Geral e a Secretaria de Segurança Pública com o objetivo de integrar esforços no combate à corrupção, à improbidade administrativa e à lavagem de dinheiro.
Coordenado pelo Comitê Interinstitucional de Defesa do Patrimônio Público (CIPP), o termo prevê ações de capacitação, campanhas educativas, criação de um painel para monitorar processos judiciais e o compartilhamento seguro de informações entre os órgãos.
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Zuquim Nogueira, destacou que a união institucional fortalece o sistema de controle e a transparência na gestão pública. Segundo ele, o compromisso firmado busca “somar esforços para proteger o dinheiro público e combater crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa”.
O coordenador do Comitê Interinstitucional de Defesa do Patrimônio Público, desembargador Hélio Nishiyama, enfatizou que o termo simboliza a integração efetiva entre as instituições responsáveis pela defesa da coisa pública. Ele explicou que o acordo envolve o Poder Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Controladoria-Geral e a Polícia Judiciária Civil, todos unidos por um mesmo propósito: combater a corrupção e garantir a recuperação de ativos.
“O termo de cooperação representa a união de instituições vocacionadas à persecução criminal, à prevenção e à punição de atos de corrupção, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. A ideia é melhorar a funcionalidade do sistema de Justiça e tornar mais eficaz a recuperação de ativos, que é um dos caminhos mais eficientes para desmantelar organizações criminosas”, afirmou Nishiyama.
O governador Mauro Mendes elogiou a iniciativa do Judiciário e defendeu a valorização da integridade no serviço público. “O Brasil precisa cuidar corretamente do patrimônio público e fortalecer seus valores institucionais. Essa ação liderada pelo Tribunal de Justiça é um alento, porque mostra que ainda há servidores comprometidos com o combate à corrupção e a defesa do bem coletivo”, declarou.
O procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca da Costa, destacou que o trabalho conjunto garante maior eficiência na proteção dos recursos públicos. “Precisamos agir de forma preventiva para evitar desfalques e, ao mesmo tempo, sermos mais ágeis nas medidas repressivas. Esse termo permite padronizar fluxos e melhorar a comunicação entre as instituições”, observou.
Já o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida, reforçou o compromisso da Corte com o comitê. “O TCE vai contribuir com ações preventivas e de controle, disponibilizando informações de auditorias e fiscalizações. Essa cooperação fortalece o cuidado com o recurso público e beneficia diretamente a população mato-grossense”, concluiu.
O documento foi assinado pelo presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira; pelo governador Mauro Mendes; pelo procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca da Costa; pelo presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida; pelo coordenador do CIPP, desembargador Hélio Nishiyama; pelo supervisor do Núcleo de Cooperação Judiciária, desembargador Wesley Sanchez Lacerda; pelo controlador-geral do Estado, Paulo Farias Nazareth Netto; pelo secretários de Segurança Pública, coronel Cesar Augusto de Camargo Roveri; e pela delegada-geral da Polícia Judiciária Civil, Daniela Silveira Maidel.
Autor: Flávia Borges
Fotografo: Lucas Figueiredo
Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Email: [email protected]
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“IA potencializa Justiça mais humana e empática”, aponta magistrado no Inova ADV Experience 2025
O juiz Vinícius Paiva Galhardo apresentou nesta sexta-feira (24), durante o III Congresso Estadual de Inovação e Empreendedorismo Jurídico – Inova ADV Experience 2025, um panorama das ações que vêm modernizando o Poder Judiciário de Mato Grosso. O evento, realizado no Complexo dos Juizados Especiais, em Cuiabá, foi promovido pelo Instituto Mato-Grossense de Advocacia Network (Iman) e conta com parceria institucional do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Em sua palestra, o magistrado – que é cooperado do Núcleo de Justiça Digital de Execução Fiscal Estadual do TJMT e membro do Laboratório de Inovação do Tribunal de Justiça do Estado (InovaJus-MT) – propôs uma discussão sobre o tema “Justiça na Era Digital: Caminhos para um sistema moderno e inclusivo”. A mesa de debates teve como presidente a promotora de Justiça Fernanda Pawelec Vasconcelos, e como mediadores o juiz Túlio Duailibi Alves Souza e a magistrada Hanae Yamamura.
O magistrado destacou avanços, em especial representados pela criação de um banco de jurisprudência próprio do TJMT, que já reúne mais de quatro mil decisões.
“Estamos criando um banco de decisões do nosso Tribunal, reunindo entendimentos que refletem a posição majoritária da Corte. Esse acervo servirá como base para a aplicação uniforme da lei e para garantir o que buscamos no processo civil: estabilidade e previsibilidade nas decisões”, explicou Galhardo.
O juiz também apresentou detalhes sobre o sistema LexIA (Lex, de “lei” em latim, e IA, de inteligência artificial), ferramenta tecnológica desenvolvida exclusivamente pelo Poder Judiciário mato-grossense. A plataforma de inteligência artificial utiliza precedentes do próprio TJMT, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) para auxiliar na análise processual.
“A inteligência artificial não é o fim da Justiça como a conhecemos. É o início de uma Justiça mais humana, uma Justiça que liberta magistrados das tarefas mecânicas e lhes devolve tempo para o que é essencial: fazer Justiça com técnica, reflexão e empatia”, afirmou.
De acordo com o magistrado, a LexIA vem sendo aprimorada pela equipe técnica do Tribunal, com a participação direta de magistrados e assessores, que criam e validam os “agentes” utilizados pela IA. A ferramenta já demonstrou resultados expressivos: aumento de 102,5% na produtividade e redução de cerca de 45% no tempo médio de elaboração de votos, passando de seis para três dias.
“Esses números mostram que estamos no caminho certo, pois o objetivo final é o cidadão, entregando uma tutela jurisdicional célere e qualificada. E o que observamos é que, com o auxílio da inteligência artificial, a qualidade do trabalho também aumenta”, ressaltou Galhardo.
“A LexIA representa mais do que um sistema, é um compromisso com uma Justiça moderna, ética, transparente e inclusiva. Uma Justiça que usa a inteligência das máquinas para potencializar a sabedoria humana. E, como toda inovação verdadeira, seu propósito final não é acelerar o processo, mas aproximar a Justiça de quem mais precisa”, finalizou.
Participante do painel, a juíza do Foro da Capital Hanae Yamamura ressaltou a importância de manter o foco no ser humano diante dos avanços tecnológicos no sistema de Justiça.
“O que a inteligência artificial pode nos auxiliar, na verdade, é justamente nas tarefas mais simples, nas rotinas que podem ser automatizadas. Mas é o ser humano que importa. O essencial é compreender a realidade de quem está diante de nós. Não existe inteligência artificial capaz de sentir a urgência, a dor ou o medo de uma mulher que pede proteção. A tecnologia pode agilizar processos, mas jamais substituirá o olhar atento e a empatia de um juiz ou de um oficial de justiça”, destacou.
A magistrada também ressaltou que a advocacia deve acompanhar esse processo de transformação, entendendo as novas ferramentas e cobrando o melhor uso delas em favor da sociedade.
“Precisamos aprender a usar essas tecnologias e, ao mesmo tempo, saber cobrar o seu uso responsável. A celeridade é importante, mas o cuidado é essencial. Onde for possível acelerar, que se acelere; onde for preciso sensibilidade, que ela prevaleça”, afirmou a juíza Hanae Yamamura.
O juiz Túlio Duailibi Alves Souza, coordenador do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (NugJur-TJMT), defendeu que a modernização tecnológica do Poder Judiciário deve vir acompanhada de empatia, cuidado e conexão humana.
“A transformação digital nos desafia a todo instante – seja nas estratégias de gestão, nas decisões institucionais ou nos investimentos em tecnologia. Mas não podemos perder de vista o essencial: a Justiça é feita por pessoas e para pessoas. Falar de automação sem olhar para o cuidado com o ser humano é um equívoco”, destacou.
O juiz lembrou a experiência vivida pelo Judiciário durante a pandemia, quando a digitalização dos processos se tornou uma necessidade urgente. Segundo ele, o momento exigiu coragem e criatividade, mas também revelou o potencial transformador da tecnologia quando usada com propósito.
“Em 2019, quase todos os processos ainda tramitavam em papel. A pandemia nos obrigou a acelerar um processo que levaria anos. Em poucos meses, conseguimos digitalizar praticamente tudo. A partir daí, passamos a realizar audiências e sessões virtuais, e isso mudou completamente a nossa forma de trabalhar”, recordou.
O juiz destacou que, especialmente nas áreas da Infância e Juventude, o uso da tecnologia trouxe avanços concretos, ampliando o acesso à Justiça e garantindo maior celeridade nos atendimentos.
“Dentro da Infância e Juventude, o tempo custa caro. O tempo de uma criança ou de um adolescente é muito diferente do nosso. Quando passamos a realizar audiências virtuais, deixamos de perder tempo com burocracias e conseguimos garantir respostas mais rápidas. E isso fez toda a diferença”, explicou.
Para o magistrado, o desafio atual é manter o equilíbrio entre eficiência tecnológica e sensibilidade humana.
“Não dá para tratar o processo como mera resolução de papéis. O que precisamos é resolver conflitos. A Justiça Restaurativa nos ensina exatamente isso: colocar-se no lugar do outro, exercitar a empatia e compreender que cada decisão tem impacto direto na vida de alguém”, afirmou.
Ao concluir, o juiz reforçou que a evolução digital é inevitável, mas deve caminhar lado a lado com a valorização das pessoas que fazem a Justiça acontecer. “Aprender a lidar com a automação sem descuidar do vínculo humano talvez seja o nosso maior desafio. A tecnologia deve servir à Justiça, e não o contrário. Porque nada substitui o olhar no olho de quem bate às portas do Poder Judiciário”, concluiu.
Autor: Patrícia Neves
Fotografo: Maycon Xavier
Departamento: Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
Email: [email protected]
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