Mulher
Brasil reforça compromisso com igualdade de gênero na 2ª Reunião do GT Mulheres do G20 na África do Sul
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Nos dias 6 a 9 de maio, o Brasil participou da 2ª Reunião do Grupo de Trabalho de Empoderamento das Mulheres e da Conferência Global sobre Estratégias Inovadoras e Melhores Práticas para a Inclusão Financeira das e para as Mulheres, na África do Sul, que preside o G20 em 2025. A secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, liderou a comitiva brasileira que foi recepcionada pela presidenta do grupo e diretora geral do Departamento de Mulheres, Jovens e Pessoas com Deficiência da África do Sul, Mikateko Maluleke, e pela Ministra das Mulheres, Juventude e Pessoas com Deficiência, Sindisiwe Chikunga.
O Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres foi consolidado durante a presidência brasileira, no ano passado, e as contribuições significativas para a agenda de gênero do bloco foram frisadas pela secretária-executiva do Ministério das Mulheres. Maria Helena Guarezi pontuou os compromissos firmados na carta final assinada por todos os Estados-Membros, como autonomia econômica, economia do cuidado, combate à misoginia e justiça climática com perspectiva de gênero.
“O Brasil teve a honra de inaugurar este Grupo de Trabalho e reafirma seu compromisso com a construção coletiva de um mundo onde o gênero não determine oportunidades, direitos ou liberdades. Estamos aqui para amplificar vozes e para defender que não há desenvolvimento sustentável possível enquanto metade da humanidade permanecer em situação de subordinação. As mulheres devem estar no centro de qualquer solução verdadeiramente eficaz para os desafios da humanidade. Estamos prontas para seguir esta jornada ao lado da África do Sul, compartilhando experiências, somando saberes e, acima de tudo, transformando indignação em ação concreta”, declarou a representante do Ministério das Mulheres.
Durante o debate geral, a secretária-executiva reafirmou a importância de manter o compromisso com uma abordagem transversal de gênero em todas as instâncias do G20. Ela destacou que avanços concretos em inclusão financeira, empreendedorismo, políticas de cuidado e o enfrentamento da violência baseada em gênero, inclusive no ambiente digital, são temas interconectados e defendeu a implementação efetiva dos compromissos já assumidos no bloco. “Estamos aqui representando governos, mas, acima de tudo, representamos as mulheres de nossos países. Devemos garantir direitos e avançar na implementação dos compromissos já acordados para transformar a vida das mulheres de forma plena, igualitária e sustentável. O consenso que buscamos é aquele que promova a igualdade entre mulheres e homens”, destacou Guarezi.
Prioridades da África do Sul
A África do Sul priorizou os debates acerca da Política de Cuidado, Inclusão Financeira para Mulheres e Violência Baseada em Gênero e Feminicídio. As discussões sobre a Política do Cuidado abordaram as perspectivas de políticas públicas na economia do cuidado remunerado e não remunerado e das responsabilidades domésticas e familiares. O Brasil fez sua exposição da recente Política Nacional de Cuidados e sobre a implementação da política pelo país. As ações intersetoriais para garantir direitos, valorizar o trabalho de cuidado e promover igualdade de gênero foram ressaltadas.
A relação entre a igualdade de gênero no local de trabalho e a inclusão financeira das mulheres reforça a necessidade da transversalização da perspectiva de gênero nos países do G20. O tema autonomia econômica também contou com relatos sobre estratégias e melhores práticas para que elas sejam de fato incluídas. O Brasil promoveu avanços nesta agenda durante a presidência do G20 e incorporou o tema em 14 grupos de trabalho, forças-tarefa e na trilha de finanças.
A Violência Baseada em Gênero e Feminicídio foi apontada como uma pandemia que assola todas as nações. Em painel apresentado, foi demonstrado o impacto da integração do orçamento de gênero na erradicação desse tipo de violência. O tema “Financiando o Futuro: Alocando Recursos para Iniciativas contra a Violência Baseada em Gênero e Feminicídio para um Amanhã mais Seguro” foi debatido por representantes da ONU Mulheres e pelo Fundo de Resposta para Violência Baseada em Gênero e Feminicídio. Na sequência, foi apresentado o documento conceitual sobre Masculinidade Positiva, elaborado pela Universidade de Wits, da África do Sul. Os países fizeram suas intervenções, bem como as organizações internacionais. O Brasil destacou os avanços com o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, a ampliação da rede de proteção e a campanha Feminicídio Zero.
Fonte: Ministério das Mulheres


Mulher
Prefeitas defendem maior participação de mulheres na política e criação de secretarias da mulher em seus municípios

A ampliação da participação política e em espaços estratégicos de decisão e a criação de secretarias da mulher em cada município foram as principais necessidades ressaltadas pelas prefeitas durante a XXVI Marcha a Brasília em Defesa do Municípios, em Brasília. O encontro foi uma oportunidade para conhecerem as diferentes políticas disponíveis para aplicar em suas cidades e garantir melhor qualidade de vida para as mulheres.
Com estande no evento e plantão de atendimento no edifício sede, o Ministério das Mulheres realizou cerca de 150 atendimentos a gestoras e gestores municipais.
O que querem as prefeitas
A prefeita de Várzea Nova/BA, Daiane Severina, está em seu primeiro mandato à frente do executivo municipal e já ocupou a cadeira de secretária de Ação Social do município. Ela relatou estar planejando as políticas públicas mais adequadas para aplicar em sua cidade. “Estamos abrindo associações comunitárias de mulheres, pensando no Conselho Municipal da Mulher, que é onde vamos lutar para que toda mulher seja vista, reconhecida e tratada com igualdade dentro da sociedade em que a gente vive. O lugar de nós, mulheres, é onde quisermos e cada espaço que conquistamos dia a dia foi com luta, garra e determinação”, disse a prefeita.
A importância de um organismo de políticas para as mulheres nas cidades foi destacada pela vice-prefeita e secretária da Mulher de Aquidabã/SE, Tânia Aragão. “A nossa secretaria foi aprovada recentemente, porque é uma grande necessidade em todos os municípios dar apoio, encorajar a mulher, dizer que ela pode estar onde ela quiser estar. Precisamos dar apoio para que elas tenham uma casa própria, busque seus direitos e possa fazer suas escolhas livremente”, pontuou.
A prefeita de São Sebastião da Amoreira/PR, Lany Gaspar, também reforçou a necessidade de uma secretaria da mulher em cada cidade. “Estamos a caminho da criação da Secretaria da Mulher, já temos equipe formada junto à assistência social, que é hoje o suporte das mulheres em situação de vulnerabilidade. E queremos contar tanto com o governo federal e do estado nessa nossa demanda”, declarou a prefeita.
- Lany Gaspar, prefeita de São Sebastião da Amoreira/PR, Daiane Severina,prefeita de Várzea Nova/BA, e Tânia Aragão, vice-prefeita e secretária da Mulher de Aquidabã/SE.
Política para mulheres e meninas
Na vasta programação da marcha, o estande do Ministério das Mulheres figurou como um espaço estratégico na construção das políticas públicas para mulheres e meninas.
Representatividade – Entre as ações apresentadas está o guia que orienta prefeitos e prefeitas a criarem Secretarias de Políticas para as Mulheres nos municípios. A publicação oferece modelo de lei para criação e implementação de SPMs. Além do guia, o MMulheres oferece, em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), dois cursos de capacitação para estimular maior participação política delas: “O protagonismo das mulheres: passos para a atuação política das mulheres em espaços de poder e decisão” e “Gestão e Implementação de Políticas Públicas e de Organismos de Políticas para as Mulheres”.
Enfrentamento à violência – O programa Mulher Viver sem Violência, que integra a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, prevê a construção de Casas da Mulher Brasileira e Centros de Referência da Mulher Brasileira. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 também está neste eixo de ação da pasta. O programa é essencial para o acolhimento, proteção e orientação das mulheres vítimas de violência.
Política de Cuidado – Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Ministério das Mulheres trabalha na construção do Plano Nacional de Cuidados, que tem entre seus objetivos garantir o direito ao cuidado e promover a corresponsabilidade social entre homens e mulheres neste trabalho. O ministério também tem incentivado a construção e equipagem de lavanderias públicas. Desta forma, enquanto a “roupa bate”, as mulheres participam de formações e capacitações. A primeira unidade será inaugurada em breve em Caruaru (PE). O equipamento tem mais de 1,4 mil metros² e recebeu cerca de R$ 472 mil do governo federal para a equipagem e atividades formativas nas tematicas de economica feminista e divisão sexual do trabalho.
Igualdade no trabalho – Entre as medidas encabeçadas pelo MMulheres em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego está a implementação da Lei de Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023) e o lançamento do Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial, que traz reflexões acerca das assimetrias que se manifestam no ambiente de trabalho e como atuar para reduzir as desigualdades.
Foi criado também o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens (Decreto nº 11.514/23), com 81 ações divididas em três eixos: 1) Acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho; 2) Permanência das mulheres nas atividades laborais; e 3) Ascensão e valorização profissional das mulheres no mundo do trabalho. Outra iniciativa é o Movimento pela Igualdade no Trabalho, que é uma declaração do compromisso de empresas com a promoção da equidade no mundo do trabalho.
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça já conta com adesão de mais de 100 empresas comprometidas com boas práticas na cultura organizacional, eliminando barreiras no acesso ao trabalho, na remuneração, ascensão profissional e permanência das mulheres no emprego. Já o Programa Asas para o Futuro, busca ampliar a participação de jovens mulheres entre 15 a 29 anos – especialmente negras e indígenas – em setores estratégicos da economia, como as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Há ainda o Curso Mulheres no Mundo do Trabalho, uma formação à distância, disponível na plataforma da Escola Virtual de Governo (EVG), que explora as desigualdades enfrentadas pelas mulheres no trabalho e as formas de superá-las.
Fonte: Ministério das Mulheres
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