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Etapa Mangabeira: ministra Márcia Lopes defende protagonismo e maior participação política de mulheres indígenas

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A Etapa Mangabeira, que precede a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, acontece entre os dias 17 e 19 de junho, na Baía da Traição, na Paraíba. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, esteve presente no encontro nesta quarta-feira (18) e reforçou o compromisso do governo federal com os povos indígenas. Além da Paraíba, a etapa reúne delegações dos estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia Sul.

A ministra explanou sobre a promoção da igualdade, do protagonismo das mulheres e do enfrentamento às diversas violências de gênero. Na oportunidade, ela destacou a importância da mobilização nos territórios como forma de garantir que as políticas públicas reflitam as realidades locais e convocou as mulheres a participarem das eleições de 2026. 

“Essa conferência é para que vocês possam pensar e propor soluções sobre o que afeta o cotidiano de cada uma: violência, trabalho, produção, meio ambiente, clima. Vocês são guerreiras na defesa intransigente da preservação ambiental. Temos 860 mil mulheres indígenas no Brasil, pouco mais da metade da população indígena do nosso país, que precisam ser ouvidas, valorizadas e protegidas. Precisamos das mulheres, porque não é Brasília que muda a vida do povo brasileiro, é o governo federal junto com estados, municípios e movimentos sociais”, enfatizou a ministra.  

Sobre sua defesa dos povos indígenas – anterior ao cargo de ministra das Mulheres, ela também relatou sobre o pioneirismo de Londrina/PR, que criou um concurso público específico para assegurar o uso da língua Kaingang. Segundo a ministra, iniciativas como esta são de grande valor e devem ser levadas para as discussões da etapa nacional, Copaíba. 

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As delegadas das diversas etnias discutiram sobre o Direito e Gestão Territorial; Emergências Climáticas; Políticas Públicas e Violência; Saúde; Educação e Transmissão de Saberes Ancestrais e as propostas que serão encaminhadas para a etapa Copaíba.

A secretária Nacional de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, do Ministério dos Povos Indígenas, Giovana Mandulão Macuxi e Wapichana, também declarou como fundamental o combate e erradicação da violência de gênero, a valorização e fortalecimento do protagonismo das lideranças femininas indígenas nos idiomas brasileiros. 

“Estes encontros têm como objetivo criar uma política pública nacional para as mulheres indígenas, protagonizadas pelos corpos-territórios de todas as mulheres dos biomas, para que, a partir de suas vivências e conhecimentos ancestrais, possamos fortalecer a promoção dos direitos dessas mulheres por meio de educação de qualidade, saúde integral e o combate às violências. Reafirmamos nosso compromisso, enquanto Estado brasileiro, no fortalecimento das lutas pela garantia do direito à vida e ao bem viver das mulheres indígenas”, enfatizou a secretária. 

A diretora-executiva da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Jozileia Kaingang, salientou que o país nunca teve uma conferência indígena e que o momento é histórico e de extrema responsabilidade, pois as mulheres do futuro vão usufruir das políticas públicas indicadas neste momento. “Às vezes nos perguntamos sobre a Lei Maria da Penha, que é importante para todas nós, mas, nós, indígenas não participamos da construção. Talvez colocaríamos a palavra território, outras falando da importância da ciência indígena, do nosso saber ancestral e milenário. Mas, infelizmente, não estávamos lá. Então, estamos aqui para pensar também sobre uma Lei Maria da Penha comentada por nós, mulheres indígenas”, frisou a diretora, que também ressaltou outros pontos de contribuição para a construção de políticas públicas mais adequadas e eficazes. 

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Etapas regionais
Todas as etapas regionais contam com pelo menos dois dias de programação que incluem: momento espiritual, debate sobre as propostas de cada eixo, formação de grupos de trabalhos, apresentação de propostas e escolha de representantes para a etapa nacional. Confira o nome e a localidade de cada etapa regional:

  • Sumaúma – Acre, Roraima, Amazonas e Mato Grosso;

  • Castanheira – Rondônia, Pará, Amapá e Tocantins;

  • Sapopema – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo;

  • Araucária – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

  • Jurema – Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia-Norte; e

  • Mangabeira – Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Bahia-Sul.

A etapa nacional, Copaíba, tem a expectativa de reunir 5 mil mulheres indígenas dos seis biomas brasileiros, em quatro dias de atividades, de 4 a 6 de agosto. Estão programadas, além da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, a IV Marcha das Mulheres Indígenas: “Nosso corpo, nosso território: Somos as guardiãs do planeta”; e Ato Político Cultural.

 

Fonte: Ministério das Mulheres

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Ministério das Mulheres destinará R$ 3 milhões para premiar mulheres do Hip-Hop

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O Ministério das Mulheres lançou, nesta terça-feira (8), o Prêmio Mulheres no Hip-Hop, edital que destinará R$ 3 milhões para reconhecer e valorizar a atuação de mulheres na cultura Hip-Hop. O anúncio foi feito durante a IV Reunião do Fórum Nacional para a Elaboração de Políticas Públicas para as Mulheres do Movimento Hip-Hop – colegiado coordenado pelo Ministério das Mulheres. A iniciativa já estava prevista no Programa Intersetorial Mulheres no Hip-Hop, instituído pela Portaria n.º 117, de 02 de dezembro de 2024.

Ao todo, serão contempladas 65 iniciativas, sendo 20 prêmios individuais, no valor de R$ 26.250 mil cada, e 45 prêmios destinados a grupos, coletivos e crews (sem constituição jurídica) e instituições privadas sem fins lucrativos, no valor de R$ 55 mil cada. As inscrições se iniciam nesta quarta-feira, 9 de julho, por meio de formulário no site do Ministério das Mulheres, e seguem até o dia 20. No dia 16, será realizada uma live para tirar dúvidas sobre o edital. 

“As mulheres do Hip-Hop constroem há décadas uma cultura de resistência, criatividade e afirmação de direitos. Com este prêmio, o Ministério das Mulheres reconhece essa trajetória, valoriza essas vozes e reafirma nosso compromisso com políticas públicas que enfrentam a misoginia, promovam a igualdade e fortaleçam os territórios culturais onde as mulheres estão. O Hip-Hop é política, é cuidado, é arte que transforma, e as mulheres estão no centro dessa transformação”, destacou a ministra Márcia Lopes.

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As mulheres do Hip-Hop

As representantes do fórum comemoraram o lançamento do edital e ressaltaram a importância do movimento em cada comunidade e em cada região brasileira. “Esse edital é um marco histórico. Estou desde 1996 no Hip-Hop – são 27 anos de luta pela inserção das mulheres, contra a violência e pela nossa liberdade de expressão”, comemorou Flávia Souza, representante da Frente Nacional do Hip Hop no Rio de Janeiro e titular do fórum. 

O fórum como espaço de trocas e construção de políticas eficazes foi ressaltado por Alene Sakura, da Construção Nacional do Movimento Hip Hop em Alagoas. “É entender a necessidade de se discutir políticas públicas dentro do movimento Hip Hop com foco nas mulheres. O movimento é político, educacional, artístico e cultural. Ele traz formação e, aqui dentro do ministério, estamos discutindo ideias reais”, reforçou.

Cida Ariporia, representante da Rede Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop no Amazonas, falou que o movimento alcança talentos em comunidades indígenas.  “Esse dia é muito importante para nós, de visibilidade e de resistência. A cultura Hip-hop sempre esteve – e continua – dentro da periferia, principalmente das comunidades indígenas do Amazonas. Então a gente está aqui também representando e fortalecendo cada vez mais essa luta.

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A premiação valoriza iniciativas culturais protagonizadas por mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da Cultura Hip-Hop nestes 40 anos da manifestação artística no Brasil. Podem se inscrever obras, atividades, produtos e ações como: projetos de composição, arranjos, produção de beats, shows, vídeos, discos, arquivos audiovisuais, sítios de internet, revistas, batalhas, rodas culturais, cyphers, jams, espetáculos, slam, beatbox, graffiti, artes visuais, pesquisas, mapeamentos, fotografias, seminários, ciclos de debates, palestras, workshops, oficinas, cursos livres, festivais e fóruns.

Participaram também do lançamento do prêmio a secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, Sandra Kennedy; a diretora de Articulação Institucional, Andreza Xavier; e a diretora de Promoção da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Karina Miranda.

Fórum de Mulheres do Hip-Hop

Instituído em outubro de 2023, considerando que a prática cultural Hip-Hop constitui uma forma de enfrentamento à violência, à misoginia e promoção da igualdade, o Fórum Nacional para a Elaboração de Políticas Públicas para as Mulheres do Movimento Hip-Hop é coordenado pela Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp), do Ministério das Mulheres, e tem caráter consultivo para a formulação de políticas públicas e campanhas pelo fim da discriminação contra a participação das mulheres no movimento Hip-Hop e pelo combate à misoginia.

Fonte: Ministério das Mulheres

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