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Márcia Lopes defende diálogo entre poderes para garantir igualdade salarial entre mulheres e homens

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A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, defendeu maior engajamento dos poderes da República no cumprimento da Lei da Igualdade Salarial, que assegura a mesma remuneração a mulheres e homens que exercem a mesma atividade profissional. O discurso foi feito nesta segunda-feira (4), durante a apresentação do 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, documento elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em parceria com o Ministério das Mulheres.

“A igualdade salarial é um direito das mulheres, e essa é a nossa luta. Por isso, temos que discutir o cumprimento da lei no Parlamento, nos tribunais superiores e com as universidades”, reforçou a ministra.

Márcia Lopes destacou a necessidade de mobilização social para garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens. 

“Nós temos que ser persistentes. O capitalismo nunca garantiria a igualdade de gênero, o respeito e a valorização das mulheres negras, porque mantém o processo como algo natural — essa banalização dos preconceitos. Qualquer ação nossa vai exigir muita luta”, enfatizou.

Ainda em seu discurso, a ministra classificou a violência contra as mulheres como uma aberração e defendeu mudanças no currículo escolar para combater essa prática criminosa.

“Se as universidades não assumirem para si o compromisso ético e político de formar futuros profissionais com base na garantia de direitos que a Constituição nos assegura, na perspectiva dos direitos humanos, nós vamos piorar a qualidade do atendimento à população. A violência contra as mulheres é uma aberração que não deveria existir. Se isso estiver no currículo das crianças até a universidade, é claro que a gente muda essa realidade”, afirmou.

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Diferença salarial

O 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios analisou 19.423.144 vínculos trabalhistas, sendo 30% de mulheres e 70% de homens, com base nas informações prestadas na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

O levantamento apontou que as mulheres recebem, em média, 21,2% a menos que os homens, o equivalente a R$1.049,67, considerando o salário médio nas 54.041 empresas com 100 ou mais funcionários. A remuneração média das mulheres é de R$3.908,76, enquanto a dos homens é de R$4.958,43.

A representante da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, que também participou da apresentação do relatório, destacou que a desigualdade salarial é um problema global e que, em média, as mulheres ganham cerca de 20% menos que os homens na maioria dos países.

“Sabemos que essa questão da desigualdade salarial entre mulheres e homens, no mundo do trabalho, é um tema que é a ponta de um iceberg. Ela evidencia causas em vários fatores e expressões das desigualdades estruturantes no mundo do trabalho, desde a desigualdade na participação entre mulheres e homens até as diversas formas de inserção no mercado”, afirmou.

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Ações do Ministério das Mulheres

A secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane da Silva, listou ações promovidas pela pasta, em parceria com o Ministério do Trabalho, para reduzir a diferença salarial entre mulheres e homens.

Entre os instrumentos elaborados estão o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial, lançado em fevereiro de 2025, que orienta as empresas quanto ao cumprimento da lei, e o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, que está em sua 7ª edição.

“É fundamental ter uma lei que garanta esse direito para todas as mulheres, mas é fundamental também haver ação pública e ações das empresas para que, de fato, possamos avançar no rumo da igualdade”, afirmou a secretária.

O Ministério das Mulheres ofertará um curso intensivo de negociação coletiva e igualdade de gênero no mundo do trabalho, para capacitar as mulheres que estarão à frente das negociações coletivas. O primeiro módulo do curso ocorrerá de 4 a 7 de novembro, em Luziânia (GO), e a segunda etapa será ministrada em maio de 2026.

Fonte: Ministério das Mulheres

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Governo federal coloca mulheres no centro da política climática, afirma ministra Márcia Lopes na COP30

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A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reafirmou nesta sexta-feira (14) o compromisso do governo federal de colocar as mulheres como protagonistas na luta contra a crise do clima. Durante sua participação no painel “Justiça Climática com Protagonismo Feminino”, organizado pelo Grupo Mulheres do Brasil como parte da programação da COP das Mulheres, na COP30, ela destacou que a transição climática do país será “justa, inclusiva e terá as mulheres no centro”.

 “Não há futuro sustentável sem o protagonismo das mulheres. Quando olhamos para a realidade concreta das mudanças climáticas percebemos que as mulheres estão ao mesmo tempo na linha de frente dos impactos e na linha de frente das soluções”.

A ministra reforçou que na crise climática, a atuação das mulheres passa da vulnerabilidade aos seus efeitos à resiliência para enfrentá-los. “Elas enfrentam enchentes, secas, desastres e perdas econômicas com menos recursos, menos acesso à terra, menos segurança e menos oportunidades e, apesar disso, continuam sustentando comunidades inteiras, organizando redes de cuidado, preservando territórios e reconstruindo o que a crise climática destrói”.

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A ministra chamou o mundo para compreender definitivamente as mulheres  como protagonistas das respostas climáticas no território brasileiro, por meio da atuação em atividades de manejo sustentável, economia solidária e proteção de florestas e dos saberes tradicionais. “Reconhecer isso não é um gesto simbólico, é uma exigência de eficácia das políticas públicas. Não basta proteger as mulheres, é preciso garantir que elas liderem, opinem, proponham, fiscalizem e transformem”, disse. 

Força política das mulheres

A fundadora e líder do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Trajano, destacou a urgência de incluir as mulheres em sua diversidade na elaboração de políticas públicas e enfatizou a força do movimento para dialogar e influenciar as esferas de poder.

“Política pública que muda o país. Não vai depender dos ministros que estão aqui. E com 136 mil mulheres trabalhando e dialogando, não tem nenhum senador nem deputado que não olhe para nós. A gente está no mundo inteiro A gente não quer mulheres só na política. Era obrigatório trazer as mulheres da periferia. Era obrigatório trazer as mulheres”, declarou Trajano.

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Cartilha Mulheres nas Ações Climáticas 

Durante o evento, a ministra Márcia apresentou a cartilha “Mulheres nas Ações Climáticas”, produzida pelo Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional GIZ. De acordo com Lopes, o documento, resultado do diálogo com movimentos e lideranças territoriais, evidencia com clareza a vulnerabilidade das mulheres frente à crise climática.

Fonte: Ministério das Mulheres

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