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Deputados revogam lei que limitava cuidados íntimos a enfermeiros do mesmo sexo

Presidente da Comissão de Saúde, Dr. João pontuou que a o texto era altamente discriminatório e feria Constituição Federal

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O deputado estadual Dr. João (MDB), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALMT), comemorou o que chamou de “bom senso” dos seus colegas parlamentares, que o ajudaram a revogar, na sessão desta quarta-feira (28), a lei estadual que estabelecia que os cuidados íntimos como banhos e trocas de fraldas de pacientes precisariam ser feitos por profissionais de enfermagem do mesmo sexo.

O tema foi alvo de polêmica na última sessão antes do recesso do meio do ano, sendo que o deputado conversou com todos os colegas na intenção de revogar a lei, que equivocadamente foi aprovada na Casa de Leis. Dois pedido de vistas do autor do antigo projeto, deputado Sebastião Rezende, evitaram que o texto fosse apreciado antes, deixando o desfecho para esta quarta-feira.

“Foi aprovada nesta casa uma lei extremamente discriminatória. A enfermagem é regida por lei federal. Daqui a pouco, o ginecologista não poderia atender a mulher de uma pessoa, abriria um precedente perigosíssimo. Era altamente discriminatório”, destacou o deputado Dr. João.

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O parlamentar, que também é médico, agradeceu os deputados pela atenção no tema. “Conseguimos revogar esta lei, precisamos ter respeito. Mais de 80% do quadro de enfermagem do Brasil é de mulheres. Temos também os homens que são enfermeiros, eles fazem um juramento, são pessoas idôneas e sérias. Frequento hospital há 40 anos e nunca vi um desrespeito de um técnico, um enfermeiro perante a um paciente. Esta lei era altamente discriminatória”.

Dr. João também questionou como ficaria a situação de pessoas do movimento LGBTQIA+.

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) foi uma das entidades que se posicionou contra a lei, afirmando que ela seria inviável e impraticável, pois com a restrição, não teriam profissionais suficientes para atender os pacientes homens, visto que mais de 80% do setor é formado por mulheres.

“Obedecida a lei sancionada no Mato Grosso, não haveria profissionais de enfermagem suficientes para atender aos pacientes homens. Se não houver profissionais do mesmo sexo, o paciente deixa de ser atendido? E no caso de não atendimento, quem vai ser punido?”, disse a presidente do Coren-MT, Bruna Santiago.

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A Constituição Federal rege, no seu artigo 5º, que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. A Lei 7.498/1986, que regulamenta o exercício profissional da enfermagem, não estipula o sexo do trabalhador ou da trabalhadora para para o exercício de prerrogativas da profissão.

O que dizia a lei

A lei n° 12.542/2024, de autoria do deputado Sebastião Rezende (União), foi sancionada no mês passado pelo governador Mauro Mendes (União). De acordo com o dispositivo, ficava determinado que os cuidados íntimos com os pacientes nos hospitais e postos de saúde, com destaque para banhos, trocas de fraldas ou roupas, assim como o auxílio para usar o banheiro, quando o paciente solicitar, seriam realizados exclusivamente por profissionais de enfermagem do mesmo sexo.

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Marfrig encerra “Liderar é Com a Gente” 2024 e anuncia novos projetos

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Na última semana cerca de 200 líderes da Marfrig Várzea Grande participaram do evento de encerramento do “Liderar é Com a Gente” 2024. O programa – que teve duração de 1 ano-, foi destaque pelo investimento no desenvolvimento de gestores, com foco em ferramentas de gestão e módulos de desenvolvimento de pessoas em estratégias organizacionais.

Carla Zanatta, gerente de gestão corporativo da Marfrig, lembrou que o objetivo principal do programa foi capacitar lideranças para apoiar novos colaboradores e, assim, alcançar melhores resultados. “Com o turno elevado na unidade, precisamos de líderes preparados para orientar e capacitar nossas equipes. O programa foi uma grande jornada de aprendizado que continuará em 2025 com um novo cronograma”, afirmou Carla.

O evento também marcou o lançamento de dois novos programas voltados para o desenvolvimento contínuo.

Círculo de Melhoria Marfrig

Um programa focado na melhoria contínua dos processos operacionais, capacitando colaboradores a identificarem problemas e propor soluções viáveis, que serão implementadas pela empresa.

Escola de Liderança

Iniciativa para formar novos líderes, promovendo uma jornada de aprendizado de até 18 meses para preparar operadores com potencial de exercer cargos de gestão.

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João Teixeira, supervisor de gestão de metas, celebrou os avanços alcançados em 2024. “Foi gratificante observar a evolução dos nossos gestores e líderes em disseminar ferramentas de gestão e fortalecer a gestão de pessoas. O foco agora é continuar desenvolvendo nossos colaboradores para enfrentar os desafios de 2025”, ressaltou.

A Gerente de Recursos Humanos da Marfrig, Claudia Medeiros, falou sobre o engajamento crescente dos gestores com esses programas. “Eles entenderam que, além de serem tecnicamente competentes, têm um papel fundamental na formação de suas equipes. O Brasil enfrenta uma escassez de mão de obra qualificada, e iniciativas como essas são essenciais para formar e desenvolver nossos colaboradores internamente”, explicou.

Claudia Medeiros ressaltou ainda que com o olhar voltado para o futuro, a Marfrig reafirma seu compromisso com o desenvolvimento humano e organizacional. “Os novos programas são parte de uma estratégia para consolidar a empresa como referência em capacitação e gestão de pessoas, impulsionando resultados e criando oportunidades para o crescimento interno. Desenvolvimento é, sem dúvida alguma, a palavra que guia a Marfrig em direção a 2025”, concluiu.

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