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Reunião com representantes do governo define investimentos para construção de creches

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Os deputados que compõe a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO), estiveram reunidos na manhã de hoje (10) com representantes da Secretaria de Estado de Fazenda, da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público de Contas (MPC), Ministério Público do Estado (MPE) na presidência da Assembleia Legislativa.

O objetivo do encontro foi tratar da ausência de previsão orçamentária, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025, para Ação de Infraestrutura da Educação Infantil, objetivando apoiar a construção e ampliação de unidades de Educação Infantil.

“Na verdade, no ano passado, nós colocamos no orçamento do Estado, na LDO, no PPA, que o governo teria que fazer um investimento de 400 milhões de reais em quatro anos, para a educação infantil. E ano passado isso praticamente não foi executado. Então, nós fizemos essa reunião hoje envolvendo todo esse grupo de aperfeiçoamento da educação que foi criado”, revelou o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (União).

Conforme declarações de Botelho, a Mesa Diretora da ALMT vai cobrar do governo para que cumpra o acordo firmado junto aos parlamentares. “O Estado executava apenas de 18 milhões de reais, sendo que a previsão era cento e vinte milhões de reais. Então, nós estamos agora fazendo uma discussão com o governo para que ele coloque um valor que seja adequado e que realmente execute”, espera o presidente da Casa.

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Por outro lado, Botelho foi enfático em afirmar que, caso o governo não cumpra sua parte, “a Assembleia já está autorizada a judicializar a questão. O governo entende que existe uma política nacional em cima disso e que a educação infantil é responsabilidade do município e do governo federal”, destacou o deputado.

O conselheiro Antônio Joaquim reiterou a necessidade de investimento na construção de creche. “Nós temos aí o levantamento de 14 mil demandas, que já é menor hoje, mas continua significativa. Enfim, estamos lutando pela questão das creches, das vagas, e de que as coisas vão se resolver no ano de 2025. Nós teremos, finalmente, no próximo ano, mais de 100 milhões de reais disponíveis para a construção de creches no estado”, Joaquim.

Durante a reunião, o secretário adjunto do Orçamento Estadual da Sefaz, Ricardo Capistrano, afirmou que o Poder Executivo possui um modelo definido, mas destaca que foi criado um fundo estadual para investimentos em infraestrutura escolar que contempla a educação infantil.

“Eu acho que poderia ser uma fonte adicional para viabilizarmos aquilo que se pretende em relação à construção de creches, em 2025. Vou levar essa proposta de hoje ao governador [Mauro Mendes], porque o Estado tem várias demandas que precisam ser atendidas e essa demanda [das creches] precisa ser entendida dentro desse complexo de despesas”, garantiu Capistrano.

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Para a desembargadora Maria Erotides Kneipp, está faltando diálogo entre as partes para resolver o impasse das creches.

“Tem que ser prioridade. Se nós não discutirmos e colocarmos no orçamento essa rubrica, nós teremos um incremento de ações judiciais buscando vagas em creches”, explicou a desembargadora.

“Nós, como representantes do Poder Judiciário, sabemos que a Constituição Federal garante isso [Educação Infantil]. Nós temos um precedente qualificado do Supremo Tribunal Federal que nos obriga a decidir concedendo vagas em creches quando buscado. Tenham ou não tenham. Nós não podemos nem pensar. Nós somos obrigados a decidir de acordo com a Constituição”, frisou ela.

“Tenho a impressão que está faltando mesmo diálogo construtivo, enfim, questões técnicas. Nós temos técnicos altamente capacitados para isso, e eu tenho certeza que a partir dessa discussão, desse diálogo que aconteceu hoje de manhã, as coisas serão diferentes”, complementou Erotides.

Fonte: ALMT – MT

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Mauro Mendes tenta sufocar Assembleia com atraso no duodécimo, mas pode ter criado um inimigo com folego para reagir.

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O governador Mauro Mendes (União Brasil) parece ter escolhido um caminho arriscado no tabuleiro político de Mato Grosso.
Ao atrasar o repasse do duodécimo constitucional — recurso que garante o funcionamento da Assembleia Legislativa — o governo criou um impasse que ultrapassa a questão financeira e acende um alerta institucional: a tentativa de asfixiar politicamente o Parlamento pode ter efeito contrário.

Nos bastidores, a estratégia do Palácio Paiaguás é vista por deputados como uma manobra de pressão, destinada a enfraquecer a atual Mesa Diretora e forçar uma renegociação sob tensão. O plano, porém, pode sair caro.
À frente da Casa está Max Russi (PSB)um político experiente, articulado e dotado de uma habilidade rara de administrar crises sem perder o controle do ambiente político.
O governador pode ter subestimado um adversário que tem fôlego, equilíbrio e influência suficientes para reagir com inteligência e firmeza.

O líder que mantém a calma enquanto o jogo esquenta

Com uma trajetória marcada pelo diálogo e pela construção de pontes, Max Russi tem mostrado que liderança não se impõe na força, mas se consolida com estratégia.
Mesmo diante de um cenário de evidente tentativa de sufocamento institucional, o presidente da Assembleia vem conduzindo a situação com cautela, serenidade e senso de Estado, mantendo o Parlamento de pé e unido.

“A Assembleia sempre foi parceira do Executivo, mas a independência entre os poderes é um princípio constitucional. Nosso papel é fiscalizar, legislar e atender às demandas da população. Não há espaço para intimidação política”, afirmou Russi em tom firme, porém equilibrado.

A fala resume o estilo do presidente da ALMT: firme nas convicções, mas político o suficiente para evitar rupturas desnecessárias.
Russi vem se consolidando como um dos principais mediadores políticos do Estado, capaz de unir bancadas divergentes e manter o diálogo aberto, mesmo em momentos de tensão.

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Duodécimo e a tentativa de pressão

O duodécimo é o repasse mensal obrigatório que o Executivo faz aos demais poderes e instituições autônomas, como o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público.
O atraso deliberado desses valores dificulta o pagamento de fornecedores, servidores e contratos administrativos da Assembleia, criando uma pressão financeira que rapidamente se transforma em desgaste político.

A manobra do governo é interpretada por parlamentares como uma forma de controle institucional, uma tentativa de enfraquecer a atual gestão da ALMT e forçar uma reaproximação em condições favoráveis ao Executivo.
No entanto, a leitura entre os deputados é outra: Mauro Mendes pode ter ido longe demais.

“Quando o Legislativo se sente ameaçado, ele se une. E um Parlamento unido é a última coisa que um governo em crise política quer enfrentar”, comenta um analista ouvido pela reportagem.

O risco do efeito rebote

Ao tentar sufocar a Assembleia, o governo pode acabar fortalecendo Max Russi politicamente.
Dentro da Casa, o presidente tem ganhado apoio até de parlamentares que antes se mantinham neutros, e vem sendo visto como um símbolo de resistência e estabilidade.
Sua capacidade de manter o equilíbrio institucional diante da pressão vem chamando atenção inclusive fora da ALMT.

O risco agora é de “efeito rebote”: caso o impasse se transforme em uma crise aberta, o governador pode perder parte de sua base de sustentação e enfrentar um Parlamento mais autônomo e disposto a reagir.

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Max Russi: articulação, equilíbrio e resultados

Desde que assumiu a presidência, Max Russi tem dado uma nova dinâmica ao Legislativo mato-grossense.
Sob sua gestão, a ALMT ganhou transparência, eficiência administrativa e maior protagonismo político, sem romper o diálogo com o governo.
Ele tem buscado garantir independência com responsabilidade, mantendo o foco em resultados concretos e no atendimento às demandas dos municípios.

Mesmo em meio às turbulências, Russi segue defendendo a harmonia entre os poderes, mas deixando claro que o Legislativo não aceitará ser subjugado.
Sua habilidade em conciliar posições e manter a serenidade diante de provocações mostra que, se o embate for inevitável, o Parlamento não estará despreparado para reagir.

Um recado silencioso ao Palácio Paiaguás

Nos corredores da política, a leitura é de que Mauro Mendes pode ter criado um problema que não precisava.
Ao tensionar as relações com a Assembleia, o governador colocou em movimento um jogo de forças que tende a se intensificar.
E, dessa vez, o Legislativo tem em seu comando alguém que sabe jogar — e bem.

Max Russi tem demonstrado que resiliência, diálogo e inteligência política são as verdadeiras armas de quem entende o poder como instrumento de equilíbrio, não de imposição.
Se a estratégia do governo era sufocar o Parlamento, o desfecho pode ser exatamente o oposto: o fortalecimento de uma liderança que sabe reagir sem perder a compostura — e com cada vez mais respaldo dentro e fora da ALMT.

Fonte: 📰 MT Urgente News.

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