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Doações de leite humano beneficiaram mais de 219 mil bebês em todo o Brasil

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O Ministério da Saúde registrou a doação de 245,7 mil litros de leite humano por 193 mil mulheres lactantes, ampliando as chances de recuperação de 219,3 mil bebês prematuros e de baixo peso internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal em todo o país. O balanço referente ao ano de 2024 foi divulgado nesta terça-feira (6), em Belém (PA), durante o evento Pré-COP 30 — promovido pelo Ministério da Saúde, pela Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR), da Fiocruz, e pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

No evento, que reforçou a importância do leite humano como uma forma de contribuir para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 – Saúde e Bem-Estar, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para um desenvolvimento sustentável até 2030, o Ministério lançou a campanha nacional digital ‘Doação de Leite Humano: um gesto humanitário que alimenta esperança”.

O objetivo da pasta é aumentar o número de doações, sensibilizando as mulheres que amamentam a se tornarem doadoras. Isso porque o leite materno pode salvar vidas. Além de proteger os bebês contra infecções, diarreias e alergias, ele pode reduzir em até 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos por causas preveníveis.

Um exemplo de como sensibilizações são importantes é o caso do Rio Grande do Sul, que, em apenas 24 horas, registrou a coleta de 768 litros para auxiliar na alimentação de recém-nascidos, durante a emergência climática causada pelas enchentes que assolaram o estado em 2024.

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Rede brasileira de banco de leite humano é referência mundial

“Os recém-nascidos prematuros têm no leite humano a oportunidade de se fortalecerem e se recuperarem mais rápido”, disse a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Sônia Venâncio, que representou o Ministério da Saúde no evento.

Ela participou do Fórum de Cooperação Técnica da Rede de Bancos de Leite Humano – Pré-COP30, no qual destacou a importância das doações para garantir um futuro sustentável e saudável para os bebês mais vulneráveis. “A prematuridade aumenta as chances de mortalidade, então o leite humano protege esses bebês. A doação é um compromisso com a vida e o bem-estar das futuras gerações”, afirmou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil conta com a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH) do mundo, que visualiza na COP30, a ser realizada em Belém (PA), em novembro deste ano, uma oportunidade de reiterar o leite humano como um alimento sustentável e de baixo custo, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A ODS Saúde e Bem-estar objetiva, por exemplo, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos até 2030.

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Como doar

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora. Para doar, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na alimentação.

Atualmente, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano conta com 237 bancos em todos os estados do país e no Distrito Federal. Veja o mais próximo aqui.

A coleta pode ser feita em casa por qualquer mulher que estiver amamentando, independentemente da idade da criança, seguindo os seguintes passos:

  • Cubra os cabelos, use máscara, lave bem as mãos com água e sabão e evite conversar durante a extração do leite;
  • Use frasco de vidro com tampa plástica rosqueável, que tenha sido limpo e fervido por 15 minutos a contar do tempo do início da fervura;
  • Retire o leite dentro do frasco, feche-o e anote seu nome e data de extração e leve ao congelador;
  • Leve o frasco até o Banco de Leite Humano mais próximo em até 10 dias após a extração, dentro de uma caixa ou bolsa térmica limpa com gelo.

Talita de Souza
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Nota de pesar e homenagem ao Dr. Ricardo Gouveia

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Hoje nos despedimos de um verdadeiro herói do Sistema Único de Saúde: Dr. Ricardo Gouveia.

Um cidadão brasileiro de alma generosa. Um filho, irmão, esposo e pai amoroso. Um médico anestesista e emergencista apaixonado pela vida e pelo serviço público. Um sonhador que idealizou o SUS como parte da sua própria família.

Em Salvador, entre plantões e corredores de hospital, dividia sua paixão pelas urgências com a construção de um país mais justo. Foi um dos idealizadores do SAMU Salvador, junto a um grupo comprometido de visionários da saúde pública. Desde então, sua missão o levou a Brasília, onde passou a integrar a Coordenação de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde (CHUE/MS), atuando diretamente na construção de políticas que mudariam para sempre o enfrentamento das emergências no Brasil.

Após as enchentes no Rio de Janeiro em 2011, Dr. Ricardo foi peça-chave na elaboração do projeto que daria origem à Força Nacional do SUS (FNSUS), sob a liderança do então ministro Alexandre Padilha e do atual secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda. Com coragem e persistência, dividiu sua vida entre a família na Bahia e noites incansáveis em Brasília, muitas vezes dormindo em uma pequena kitnet partilhada com outros heróis silenciosos, para fazer avançar um sonho coletivo.

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Era conhecido por sua lealdade e disposição incansável para o trabalho. Em uma das primeiras grandes crises, articulou em poucas horas com a Polícia Federal a liberação de uma aeronave para salvar vidas indígenas no Acre e no Amazonas — mostrando ao Brasil o que significa servir com amor e espírito público.

Seu orgulho era vestir a jaqueta da Força. Guardava com carinho os copos, bonés e camisetas da FNSUS — dizia que eram seus troféus, sua segunda pele. “A Força é meu filho mais novo”, repetia com brilho nos olhos.

Hoje, Dr. Ricardo Gouveia nos deixa fisicamente. Mas seu espírito permanece entre nós — na coragem dos que seguem em campo, nas políticas públicas que ajudou a construir e no legado vivo de um SUS mais forte, humano e preparado para cuidar do povo brasileiro.

Rodrigo Stabeli – Coordenador da Força Nacional do SUS

“Ricardo foi um dos maiores construtores da história da FNSUS. Um amigo, um irmão, um farol em muitas madrugadas difíceis. Ele nos ensinou a sonhar com um SUS mais ágil, humano e preparado — e a lutar todos os dias por ele. Sua ausência física dói, mas sua presença é eterna no que somos e no que ainda construiremos.

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Nos últimos tempos, expressou o desejo de ser enterrado com a farda do SAMU e da Força. Para nós, isso é mais do que um símbolo — é uma honra. É a prova de que ele viveu e partiu com o coração totalmente entregue à missão de salvar vidas. Vá em paz. A Força segue contigo.”

Mozart Sales – Secretário de Atenção Especializada à Saúde

“O SUS perde um de seus mais leais defensores. O Brasil perde um servidor exemplar. Nós perdemos um amigo querido. A memória de Ricardo será honrada com trabalho, afeto e compromisso. Ele nos ensinou o caminho.”

Adriano Massuda – Secretário-Executivo do Ministério da Saúde

“Ricardo foi um dos pilares na concepção da FNSUS. Sempre acreditou que o SUS precisava estar preparado para responder a qualquer emergência, em qualquer lugar. Sua entrega, inteligência prática e espírito público serão eternamente lembrados. É uma perda imensa para todos nós.”

Alexandre Padilha – Ministro da Saúde

“A Força Nacional do SUS carrega a alma de pessoas como o Ricardo. Ele acreditava no projeto antes mesmo de ele existir. É por servidores como ele que seguimos em frente. Hoje, a saúde pública brasileira se curva em reverência.”

Fonte: Ministério da Saúde

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