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Inverno 2025 começa em 20 de junho às 23h42

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Neste ano de 2025, o inverno começará oficialmente no dia 20 de junho, sexta-feira, precisamente às 23h42 Hora Legal de Brasília. Neste exato momento, ocorrerá o solstício de inverno no hemisfério sul e o solstício de verão no hemisfério norte. Este evento marca a transição das estações e traz consigo mudanças significativas na duração dos dias e das noites.

O que é o solstício?

Antigos astrônomos observaram que, ao acompanhar o movimento do Sol no céu ao longo dos dias, sua posição ao meio-dia se deslocava gradualmente até alcançar um ponto extremo, onde parecia não mudar por um tempo, como se estivesse “parado”. Esse comportamento acontece duas vezes por ano: uma durante o solstício de verão e outra no solstício de inverno.

“As estações do ano acontecem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e também devido à sua translação em torno do Sol. O início das estações do ano está associado aos solstícios (inverno e verão) e aos equinócios (outono e primavera)”, explica a Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (ON/MCTI).

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Adaptação de Imagem de © Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva

Observação do ‘sol parado’

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Conforme explica a Dra. Josina, uma forma interessante de observar o “sol parado” é notar onde o Sol nasce e se põe a cada dia. Nos equinócios, o Sol nasce exatamente no ponto cardeal leste e se põe no ponto cardeal oeste. Após essas datas, o Sol passa a nascer cada dia mais afastado do ponto cardeal leste e passa a se pôr cada dia mais afastado do ponto cardeal oeste. Nos solstícios, o Sol atinge seu afastamento máximo e começa a “voltar”, nascendo cada dia mais na direção leste e se pondo cada dia mais na direção oeste.

É fundamental ter em mente que jamais se deve olhar diretamente para o Sol, já que isso pode provocar danos graves e permanentes à visão. Para observá-lo com segurança, é necessário utilizar filtros solares adequados, instrumentos como telescópios próprios para esse fim ou recorrer a técnicas de observação indireta.

Variação na duração dos dias e noites

A chegada do inverno afeta diretamente a duração dos dias e das noites. Nos equinócios, o tempo de luz do dia e o de escuridão são praticamente iguais. A partir do equinócio de outono, os dias passam a encurtar gradualmente, culminando no solstício de inverno, momento em que ocorre a noite mais longa do ano. Depois disso, os dias começam a se alongar novamente, aproximando-se de um novo equilíbrio no equinócio de primavera e continuando a crescer até alcançar a noite mais curta do ano no solstício de verão.

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“Esse fenômeno é mais acentuado quanto mais afastado do equador terrestre o observador se encontra. Quem está perto do equador terrestre, não percebe diferença no comprimento dos dias. Quanto maior a latitude, mais se percebe essa diferença, chegando ao máximo nos polos, onde o sol não nasce no inverno e não se põe no verão”, esclarece Josina.

Atualmente o início do inverno ocorre no dia 20 ou no dia 21 de junho. Nos anos 1950 a 2000 ocorria ou no dia 21 ou no dia 22. Esta variação está ligada à precessão dos equinócios, que desloca os pontos dos equinócios em relação às estrelas.

A variação entre os dias, atualmente 20 ou 21, está ligada à diferença entre o ano civil e o ano trópico: enquanto o ano civil tem 365 dias ou 366 dias (ano bissexto), o ano trópico (tempo entre dois solstícios ou dois equinócios consecutivos) tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Essa discrepância é ajustada pelo ano bissexto, corrigindo a defasagem de cerca de 6 horas que ocorre a cada ano.

Fonte: Observatório Nacional

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Ciência e tecnologia para o desenvolvimento econômico e social do BRICS

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Ao incluir o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) entre as pastas estratégicas do governo para a 17ª Cúpula do BRICS, que termina hoje no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinaliza aos parceiros internacionais que a ciência voltou a ser prioridade de Estado. Em um mundo marcado por disputas tecnológicas, mudanças climáticas e transição energética, a cooperação científica internacional se tornou peça-chave da soberania nacional e do reposicionamento do país no cenário global.

Acompanhando o presidente Lula nas reuniões bilaterais, a ministra do MCTI, Luciana Santos, colheu resultados notáveis para a ciência. Com o Vietnã, foi assinado um Memorando de Entendimento para a cooperação em tecnologias digitais. Este acordo busca proporcionar um avanço conjunto nas áreas de Semicondutores e Inteligência Artificial, abrindo novas fronteiras para a colaboração tecnológica entre os dois países.

Mas foi com a China que os resultados foram mais frutíferos, com dois grandes anúncios: a criação do Centro China-Brasil de cooperação em inteligência artificial e o acordo para desenvolvimento do satélite CBERS-5, primeiro satélite geoestacionário desenvolvido pelo Brasil.

Posicionado sobre o território brasileiro, o CBERS-5 será um satélite meteorológico e ambiental. Diferente de seus antecessores, que eram satélites de órbita baixa para observação da Terra, o CBERS-5 trará uma capacidade sem precedentes para o Brasil. Com ele, o país alcançará a soberania de dados espaciais nas áreas meteorológica e ambiental, garantindo maior precisão na previsão do tempo e do clima.

Os benefícios para o Brasil são abrangentes, impactando diretamente setores vitais como geração de energia, agronegócio, urbanização e resiliência das cidades. Além disso, o país estará mais bem preparado para identificar e responder a desastres naturais extremos, como secas e tempestades, eventos cada vez mais frequentes com o avanço das mudanças climáticas e o aquecimento global.

“Estamos vendo que parceiros tradicionais estão, cada vez mais, reduzindo investimentos nas tecnologias climática por uma questão ideológica. O CBERS-5 busca suprir os dados espaciais ambientais do continente, cujo fornecimento pode ser interrompido no futuro próximo”, destacou a ministra Luciana Santos.

Compartilhamento de conhecimento

Pela primeira vez, a parceria entre Brasil e China estipula formalmente a transferência de tecnologia e conhecimento como uma ferramenta para o desenvolvimento conjunto. Essa abordagem reforça o compromisso mútuo com o aprendizado e o crescimento tecnológico. Futuramente, os dados do CBERS-5 serão distribuídos gratuitamente para países da América Latina e do Caribe, sublinhando o caráter colaborativo e de compartilhamento de conhecimento do projeto.

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Já o Centro China-Brasil de Cooperação em Inteligência Artificial permitirá que instituições de pesquisa e empresas de ambos os países trabalhem em conjunto no desenvolvimento, capacitação e transferência de tecnologia em IA. Uma iniciativa que promete acelerar o avanço do Brasil em um dos campos mais dinâmicos da tecnologia global.

Uma década de cooperação em Ciência e Tecnologia no BRICS

A assinatura desses acordos e a presença da ministra Luciana Santos refletem o fortalecimento da cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) no âmbito do BRICS, um esforço que celebra 10 anos desde a assinatura do Memorando de Entendimento sobre a cooperação em CTI em 2015, aqui no Brasil, e que recebeu fôlego novo com Luciana Santos à frente da pasta.

Atualmente, existem 13 Grupos de Trabalho em diversas áreas científicas, como biotecnologia, astronomia, desastres naturais, energias renováveis, Computação de Alto Desempenho, oceanos, materiais e fotônica. Há também um forte foco em inovação, com iniciativas para redes de parques tecnológicos e centros de transferência de tecnologia.

Ao longo da última década, foram lançadas seis chamadas conjuntas a projetos de pesquisa, financiando 157 projetos e mobilizando quase 6 mil pesquisadores de pelo menos três países do grupo em cada iniciativa.

Durante a presidência brasileira, foram propostas duas novas modalidades de editais: a primeira para projetos na área de inovação, visando a cooperação entre empresas para o desenvolvimento de novos produtos e serviços; e a segunda, chamada de projetos “flagship”, para grandes desafios que buscam responder a demandas urgentes dos países membros.

Outra iniciativa importante é a proposta brasileira de um estudo de viabilidade técnica e financeira de um cabo submarino para transferência de dados de pesquisa e educação. Essa conexão direta entre os países do Sul Global pode garantir maior autonomia, resiliência, velocidades e segurança nas trocas de dados, que são cada vez mais essenciais para a ciência moderna.

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Governança global de IA e regulação

Além disso, a Inteligência Artificial (IA) foi eleita uma das prioridades da presidência brasileira. O BRICS reconhece a necessidade de uma governança global da IA que seja focada no ser humano e com princípios éticos. Nesse sentido, está em desenvolvimento a Nuvem de Armazenamento para os BRICS (BRICS Cloud), um modelo colaborativo para compartilhamento de dados focado na preservação das heranças nacionais e no treinamento de IA alinhado às culturas dos países do bloco.

A declaração dos líderes do BRICS sobre a governança global da Inteligência Artificial enfatiza a IA como uma oportunidade para o desenvolvimento equitativo, inovação e melhoria da vida, desde que seus riscos sejam mitigados. O documento destaca a necessidade de uma governança global da IA que seja inclusiva, representativa e centrada nas Nações Unidas, operando sob marcos regulatórios nacionais e a Carta da ONU.

O BRICS defende que a ONU deve ser o pilar da governança global da IA, evitando a fragmentação de esforços e garantindo a participação significativa de mercados emergentes e países em desenvolvimento (Sul Global) nos processos de tomada de decisão. É fundamental o direito de cada país de estabelecer seus próprios marcos regulatórios para a IA dentro de suas jurisdições, protegendo dados, promovendo autonomia tecnológica e garantindo a segurança de seus cidadãos.

A governança da IA, embora complexa, é vista como possível através da colaboração entre governos, setor privado, sociedade civil, academia e organizações internacionais. Os governos têm um papel de liderança, mas a inclusão de múltiplas partes interessadas é essencial. O BRICS ressalta a importância de evitar a fragmentação regulatória e promover regulamentações de mercado transparentes que incentivem a concorrência. Além disso, defende que o acesso à tecnologia de IA deve ser justo, equitativo e inclusivo para todos os países, independentemente do seu nível de desenvolvimento econômico.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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